Depois de ter assegurado o regresso à Primeira Liga, o Beira-Mar vai tentar vencer a Liga de Honra, bastando um empate na recepção que a equipa treinada por Augusto Inácio fará amanhã ao Vizela.
A provar as cautelas para com esse jogo, marcado para as 16 horas, os 18 convocados entram em estágio numa unidade hoteleira de Estarreja, após o treino desta manhã, o último da semana de preparação.
Após o treino, no antigo «Mário Duarte», Augusto Inácio voltou a falar à Comunicação Social, após mais de um mês em «black-out». Segundo o técnico beiramarense, que confirmou não ter ainda falado com a direcção quanto à sua possível continuidade, «no jogo com o Vizela, o Beira-Mar vai ter a oportunidade de conquistar o segundo título mais importante desta época futebolística. Mas se houver festa, será só depois do jogo, daí eu ter pedido ao presidente para haver estágio».
Deslocação ao Brasil
é uma hipótese
Augusto Inácio reconheceu ainda que o Beira-Mar não é a equipa que joga o melhor futebol da Liga de Honra, «mas é de certeza a equipa mais pragmática, sendo importante comparar os 60 golos sofridos na época passada, em que descemos, com os 16 desta, em que subimos, praticamente com os mesmos jogadores da defesa».
O técnico do Beira-Mar não deixou de assumir que o plantel precisa de ser reforçado e que, independentemente do seu futuro imediato, o grupo vai continuar a treinar, pelo menos até ao final de Maio, devendo fazer alguns jogos particulares.
Existe ainda a hipótese do Beira-Mar se deslocar ao Brasil, mais concretamente à zona de São Paulo, numa digressão que poderá envolver dois ou três jogos. O assunto está a ser tratado através de um empresário, ainda que Augusto Inácio admita não ser fácil esta deslocação se concretizar, o que se saberá até meio da próxima semana.
Resolver a questão
do campo de treinos
Reconhecendo que José Cachide foi uma peça importante para a estabilidade do grupo de trabalho, «face à sua frontalidade e capacidade de liderança», o treinador não deixou de avisar que, independentemente de ficar ao sair, «é necessário contratar jogadores», mas também é preciso resolver outras coisas, como a questão do campo de treinos, «dado que não podemos andar a mendigar para nos deixarem treinar mais vezes no relvado onde a equipa joga ao fim-de-semana. E muito menos é aceitável andar a treinar um pouco por todo o lado, como aconteceu esta época».
Por fim, e quando questionado acerca das possíveis saídas de jogadores importantes como Diakité ou Tininho, Augusto Inácio foi de opinião que, «se houver boas propostas», o Beira-Mar deve tê-las em conta. «Se até Benfica, Sporting e Porto vendem jogadores, muito mais será natural que o Beira-Mar o faça. No entanto, eu sou um empregado do clube e quem deve decidir é a direcção», comentou.(Diário de Aveiro)