Sem apresentar números, as contas da Câmara de Aveiro são o reflexo do esforço financeiro na construção no estádio do Euro, em Taboeira. “As contrapartidas do Estado na construção dos novos estádios ficaram aquém do que era esperado e isso representa um encargo muito grande para as câmaras. Temos vindo a cortar nas despesas”, disse Alberto Souto ao JN.
Se as contrapartidas do Estado fossem maiores “podíamos dirigir este esforço para outro tipo de investimentos” e o dinheiro que há para investir é “em áreas que consideramos prioritárias, num quadro muito limitativo”.
Quanto aos atraso nos pagamentos aos credores, o presidente da Câmara diz que tem tentado “encurtar os prazos de pagamento e nalguns casos já estamos a conseguir pagar a pronto (…) porque queremos transmitir uma imagem da situação financeira”.
Explica ainda as dificuldades, designadamente, com a quebra de 10% no Imposto Municipal sobre Imóveis, fundos comunitários “que estão a chegar ao fim”.
Mas a Câmara pode conseguir entrada de dinheiro com a venda de terrenos mas só “quando a economia animar e chegarem os sinais da retoma”.