Quinta-feira, 12 Dezembro 2024
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Socorro demorado à porta do hospital

Dez minutos e quarenta e sete segundos. Foi este o tempo que a ambulância do INEM demorou até chegar a um acidente que ocorreu na passadeira em frente à saída das antigas urgências do Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, noticia o JN.

«O tempo foi contabilizado por Rui Lacerda que chegou ao local onde um casal tinha sido atropelado, quando atravessava a passadeira. “Quando cheguei estava a senhora a sair do carro e a ir ter com as duas vítimas. Liguei de imediato para o 112, expliquei o que tinha acontecido e o local onde se deu o acidente”, contou Rui Lacerda ao JN.

Este condutor, que por mero acaso passava no local, está indignado e revoltado com a situação. Diz não entender a demora, quando os serviços do INEM. “Voltei a ligar, passados cinco minutos do primeiro telefonema, para ver se percebia a demora e a única coisa que a senhora do 112 me dizia era para me acalmar”, acrescentou Rui Lacerda.

De acordo com o relato deste condutor, terão sido os bombeiros de Vagos a prestar os primeiros-socorros às duas vítimas, que continuavam no chão à espera do INEM. “Iam a sair do hospital duas ambulâncias de transporte de doentes e foram esses bombeiros que socorreram as pessoas. É inadmissível que isto tenha acontecido. Duas pessoas feridas e o INEM demora dez minutos a chegar”, sublinha Rui Lacerda.

O JN confirmou que os bombeiros de Vagos, que se encontravam em serviço no local, terão, de facto, prestado assistência às vítimas. “Depararam-se com a situação e apenas cumpriram a sua obrigação enquanto bombeiros”, disse fonte dos Bombeiros Voluntários de Vagos.

Contactado pelo JN, o Gabinete de Informação do INEM, refuta os 10 minutos de espera referidos por Rui Lacerda. “A chamada foi feita às 16.02 horas e terminou cerca de dois minutos depois. Ás 16.05 horas foram activadas as viaturas e quatro minutos depois a viatura VEMER chegou ao local onde estavam as vítimas”, explica Pedro Coelho Santos, do Gabinete de Informação.

O mesmo responsável ressalva ainda que “o INEM não funciona no hospital de Aveiro. Aí está apenas a viatura VEMER. As ambulâncias estão na sede dos Bombeiros Novos e Velhos, daí que demorem sempre um certo tempo a chegar ao local do acidente”.

Pedro Coelho Santos sublinha ainda que neste caso, por se tratar de um atropelamento, “são obrigatórios certos procedimentos, uma vez que se trata de uma situação de trauma, em que as vítimas têm de ser imobilizadas antes de serem encaminhadas para o hospital”.» (JN)

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