Os últimos dias foram marcados pela formação de um cerco socialista à governação de Ribau Esteves da Câmara de Aveiro, numa troca de declarações entre PS e Alberto Souto e PSD e Ribau Esteves à volta das próximas eleições autárquicas.
O caso dura há meses mas intensificou-se nas últimas semanas e particularmente nesta sexta-feira. A Muralha ao pé da Sé atiçou as declarações e neste novo pico de intervenções, começou com o vereador da oposição socialista, Fernando Nogueira, a classificar o monumento de “parolo», expressão que a presidente do PS Aveiro, Paula Urbano Antunes, também usou. Ribau Esteves considerou que foi insultado e derivou para outras críticas aos vereadores pelo seu desempenho público.
Depois, num episódio seguinte, Alberto Souto, que foi presidente da Câmara entre 1998 e 2005, e não se exclui de ser candidato em 2025, apresentou um livro com propostas para Aveiro. O PSD soube e leu «irrealismo e «banca rota».
A seguir esta sexta-feira deram-se duas respostas ao PSD de Simão Santana, a de Alberto Souto e do PS de Aveiro, liderado por Paula Urbano. O PS começa por dizer que há uma «obsessão com o Dr. Alberto Souto de Miranda» por parte de Simão Santana que enquanto «jovem de tenra idade nos idos anos de 1998 a 2005, assistiu a uma tal transformação no Município de Aveiro que não mais retirou da sua mente o então Presidente da Câmara» e «incomoda-o o legado autárquico do PS porque este faz parte do dia a dia dos aveirenses».
No mesmo dia, Alberto Souto sugere a troca do pavilhão desportivo que Ribau Esteves quer fazer, por um multiusos. Lembra que Ribau Esteves não respondeu ao vereador do PS, Soares Carneiro sobre uma “conta corrente” com a Visabeira de 15 milhões de euros. «É estranho porque a lei não prevê contas correntes do Município com empresas não creditícias», escreve Alberto Souto.