Domingo, 19 Janeiro 2025
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Reitor quer resolver a precariedade dos investigadores

Para resolver a precariedade, basta alterar a natureza dos contratos dos investigadores que têm vínculos precários, defende o Reitor da Universidade de Aveiro, (UA), criticando o programa FCT-Tenure lançado em dezembro último pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) para financiar a contratação, a título permanente, de 1400 investigadores (1000 em 2024 e 400 em 2025). «As insuficiências da solução estão à vista», escreve o Reitor no site da UA. Refere que «só resolve uma situação de precariedade se quem o ganhar tiver vínculo precário, o que é impossível garantir» e «o objetivo de resolver a precariedade, e contratar alguém de dentro, colide com o objetivo de atrair e fixar os melhores e reduzir a endogamia».

Para resolver a precariedade, Paulo Jorge Ferreira sugere «alterar a natureza dos contratos dos investigadores que têm vínculos precários». Entretanto, admite que «o lançamento de vários concursos de estímulo ao emprego científico melhoraram a situação de muitos investigadores bolseiros», conferindo-lhes o estatuto de trabalhadores, com acesso à ADSE, direitos laborais (…) mas não resolveu tudo. Muitos investigadores continuam a ter contratos a termo e salários baixos. Esses contratos estão agora a terminar». Para o Reitor, é preciso «estabilizar o vínculo desses trabalhadores» e «aumentar a capacidade do país para atrair e reter os melhores». Como?, pergunta. O número de lugares previstos «foi insuficiente para a procura registada» e considerando uma segunda fase, o Reitor alerta: «impõe-se não repetir os mesmos erros».

Para atrair e fixar investigadores, reduzindo a endogamia, é importante continuar a realizar concursos internacionais, abertos a todos, diz e, quanto ao financiamento, o Reitor avisa que as instituições de ensino superior «não podem assumir contratos permanentes com financiamentos precários», referindo que se trata de uma despesa a inscrever no Orçamento do Estado.

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