O relatório final da Procuradoria Geral da República refere que os areeiros do Douro entregavam donativos em dinheiro a algumas juntas de freguesia de Castelo de Paiva e o presidente da Câmara sabia disso.
Declarações de testemunhas, no inquérito às causas da queda da Ponte de Entre-os-Rios, afirmam que esses donativos nunca foram questionados, pelo contrário, foram sempre aceites. Contudo, o presidente da Câmara, Paulo Teixeira, disse que nunca teve influência nesses donativos.
Noutro passo do relatório é referido que antes do acidente – que vitimou 59 pessoas, pela queda da ponte a 4 de Março de 2001 – as diligência do presidente da Câmara junto do Governo, nunca questionaram a segurança da ponte mas a questão das dificuldades de tráfego no atravessamento.
Deficiente fiscalização, indícios de corrupção e extracção de areias além do licenciado são outros dados deste inquérito.
O relatório final também refere que as verbas conseguidas com a extracção de inertes serviam para financiar o Instituto de Navegabilidade do Douro e não para manter as condições de segurança no rio.