O PS/Aveiro apresentou esta quarta-feira uma queixa na Comissão Nacional de Eleições contra a Junta de Freguesia de Requeixo, Aveiro, da maioria PSD/CDS, «por utilização ilegal e abusiva do site daquela Junta de Freguesia na campanha eleitoral».
Segundo comunicado, «em causa está a utilização da página oficial de internet da Junta de Freguesia, para propaganda eleitoral da Coligação CDS-PP, à qual pertence o actual presidente da Junta».
Às primeiras horas de hoje, a página de Internet da Junta de Freguesia de Requeixo ainda exibia um “manifesto eleitoral” da Coligação Juntos por Aveiro para aquela freguesia (…) O documento foi retirado do site já durante o dia de hoje, depois dos primeiros comentários críticos.
Segudo o PS/Aveiro e os candidatos socialistas à Câmara, à Assembleia e às juntas de Freguesia do concelho de Aveiro, trata-se de uma «apropriação indevida, que se traduz na utilização abusiva de meios públicos em proveito de interesses privados de um indivíduo ou um grupo».
O caso surge na «sequência de outros atropelos ao exercício da liberdade e da democracia, vindos sempre do mesmo quadrante político-partidário (…) o caso do Centro Cultural de Horta (Eixo), cujos responsáveis recusaram a cedência de instalações aos candidatos do PS para uma sessão de esclarecimento aberta a toda população».
O PS refere-se ainda à «sugestão despudorada do presidente da Câmara de Aveiro e candidato da Coligação Juntos por Aveiro, deixada, no fim-de-semana, em S. Jacinto, de que seria melhor para a freguesia, em termos de colaboração com a Câmara, que a Junta (historicamente de maioria PS) fosse, também, da Coligação PSD-CDS-PP, numa demonstração incontida da forma como Élio Maia e a Coligação que o apoia lidam mal com a diversidade, o pluralismo e a democracia.
Segundo o comunicado «(O PS) não pode, também, deixar de questionar a transparência – e estranhar o envolvimento da Câmara – no processo de entrega de um conjunto de cheques a várias instituições do concelho, no valor de muitos milhares de euros, por parte de uma empresa prestadora de serviços à autarquia, em obediência a indicações desta e com a menção expressa – conforme veio, hoje mesmo, a público – de que para tais verbas serão para abater aos compromissos assumidos pela Câmara em relação às entidades beneficiárias».