A Lista B concorrente à Comissão Política Permanente do CDS-PP de Aveiro, liderada por Diogo Machado vai apresentar uma queixa-crime junto do Ministério Público contra o deputado Raul Almeida e contra o candidato a Presidente da CPD António Loureiro, «um como autor material daquelas ofensas e insultos, previstas e punidas pela legislação penal, outro como responsável pela sua divulgação e propagação, o que o torna igualmente responsável pela prática de um facto ilícito relevante do ponto de vista criminal – formulando votos que o senhor deputado não se esconda nem se acantone atrás da sua imunidade parlamentar no desenvolvimento subsequente do processo».
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Os candidatos que integram a Lista B à CPD do CDS-PP sentem-se «insultados e difamados na sua honra, na sua dignidade e no seu bom-nome».
Segundo comunicado difundido este sábado, dias das eleições para a distrital, «o deputado Raul Almeida, Presidente cessante da Comissão Política Distrital do CDS-PP de Aveiro, candidato a Vice-Presidente da lista A às eleições para aquele órgão, beneficiando do acesso irrestrito aos ficheiros de militantes do Partido, divulgou por estes, numa altura em que já não existia possibilidade de exercício do contraditório por parte da lista signatária, o email anexo – onde são lançadas graves ofensas, insultos e difamações sobre a generalidade dos militantes do Partido que integram a lista B candidata àquela Comissão Política Distrital.
O mesmo comunicado refere que «a missiva, insultuosa e ofensiva, foi divulgada através do candidato a Presidente da CPD António Loureiro».
A carta aberta foi enviada por António Loureiro, «a pedido do nosso amigo Raul Almeida, Presidente da Distrital. Era pedido que a mantivessem «privada para não prejudicarmos o partido na praça pública como outros estão a fazer».
Escreve que Raul Almeida fez «reuniões descentralizadas da Distrital em todos os concelhos do distrito e convoquei todos os presidentes concelhios para reuniões na sede de Aveiro. Tantas vezes sob protesto e com a ausência de Diogo Machado, José Carlos Santos, Mário Simão e outros da lista B. Mas, resisti, fui, estive próximo das estruturas como achei ser meu dever e com grande prazer»
A parte polémica da carta surge depois da descrição do trabalho
positivo. «(…) Haverá erros a apontar? Certamente que sim. É sempre possível fazer mais e melhor, mas é profundamente desonesto negar que isto foi feito. Dos erros, lamento apenas ter-me deixado enganar e permitir que o vereador do CDS na Câmara de Estarreja fosse substituído por uma vereadora independente, próxima do PSD, que até ao dia de hoje nunca reuniu com o grupo dos deputados municipais, com a concelhia nem com qualquer instância do CDS. Por casualidade esta vereadora é irmã do Mário Simão…
Lamento não me ter acreditado nos avisos e considerações de carácter tenebrosas que alguns dos vice-presidentes da lista B me fizeram insistentemente sobre Diogo Machado.
Ainda a Diogo Machado, lembro que desempenho um cargo para o qual fui eleito pelo povo de Aveiro, que não sou nenhum boy em cargos de nomeação política; que para além da política conservo o meu emprego estável de há 20 anos numa empresa privada onde sou estimado pela minha competência, constância, lealdade e honestidade.
Mas a vida segue em frente e amanhã é um novo dia. E o CDS sairá mais forte da nova eleição.
Fiz questão de vos escrever em privado, pois a praça pública onde os outros caluniam é o palco onde só o partido sai prejudicado e onde só quem não respeita o CDS lava a roupa que os próprios sujam».