Segunda-feira, 2 Dezembro 2024
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PT cria empresa em Angola

Paulo Nordeste, presidente da Comissão Executiva da PT Inovação, diz em entrevista ao Diário de Aveiro que há um plano para «crescer e actuar» em Angola e não sinais que indiquem a saída que a empresa de Aveiro

(…)

Estão a pensar criar mais uma empresa em Angola?
Concerteza, estamos a pensar. O mercado africano começa a ser um mercado muito importante e está a passar-se a mesma coisa que se passou no Brasil. Temos que crescer lá e actuar, temos que ter um ponto local, pelo que está, neste momento em estudo a criação de uma empresa lá. Nada está ainda concretizado, mas está, efectivamente, em estudo e portanto estamos confiantes que esta é uma área que vai continuar a crescer.

A OPA feita por Belmiro de Azevedo pode vir a afectar este sonho da PT Inovação?
Vou-lhe responder como respondeu o nosso actual presidente. As OPA’s não são boas nem são más, são uma realidade de quem está cotado em bolsa. E portanto, com OPA ou sem OPA, a PT Inovação vai continuar a dar o seu melhor contributo para o sucesso dos negócios do Grupo Portugal Telecom. O grande o valor da PT Inovação é a sua utilidade para os negócios para o Grupo Portugal Telecom. Seja quem for o detentor desses negócios, certamente que vai aproveitar o potencial que aqui está. Não é algo que nos afecte directamente.

Nem vos assusta?
Não, de modo algum. As ameaças são essencialmente oportunidades. Não vou dizer que não haja alguma ansiedade nestes temas, como existe nos grupos todos. Mas não estamos demasiado ansiosos com isso, continuamos a trabalhar e a fazer o que fazíamos até aqui. A nossa utilidade é a nossa maior força. Estou perfeitamente convencido que quem que seja o detentor do Grupo PT irá aproveitar as potencialidades que temos aqui.

Do seu ponto de vista, poderá estar em causa a subsistência da PT Inovação em Aveiro?
Julgo que não, não há nada que indique isso. Embora o facto da PT Inovação estar em Aveiro ter a ver como a situação particular do fundador ser de Aveiro e a determinada altura ter havido um contexto político que ditou isso, neste momento o facto de se manter em Aveiro é por ter a massa crítica.

Uma possível deslocalização seria equacionada?
Não, creio que não. Neste momento, o segundo maior polo já não é o Porto ou Lisboa, é São Paulo. Se calhar daqui, dependendo dos negócios no Brasil, daqui a um tempo temos tantas pessoas no Brasil como temos em Aveiro. E, se calhar, daqui a quatro ou cinco anos temos muito mais pessoas fora de Aveiro do que em Aveiro. O que não quer dizer que ela tenha que sair de cá, porque, efectivamente há um conjunto de aspectos que são fundamentais para que a organização continue aqui. Temos a história, os laços que nos permitem continuar a trabalhar e isso é a base, são as fundações, que estão em Aveiro. Isso é fundamental, é indiscutível. (…) (Diário de Aveiro)

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