A Comissão Política Distrital de Aveiro do PSD espera que o Governo «reconsidere o processo de encerramento das urgências hospitalares», em Anadia, Espinho, Estarreja, Ovar e S. João da Madeira, considerando que o estudo que «promoveram se encontra incompleto e mal elaborado, com consequências que vão gerar graves problemas aos cidadãos».
O que mais preocupa as populações dos concelhos afectados, segundo o PSD/Aveiro, «é a falta de resposta para a esmagadora maioria de
situações, ou seja, não as que implicam a deslocação dos doentes para um hospital central, mas sim as que determinam um atendimento no hospital mais próximo».
O PSD não compreende que quem «apenas precise de uma sutura ou um tratamento mais simples tenha que ir engrossar as filas de outros hospitais se tem próximo um hospital com condições (em alguns casos devido a avultados investimentos recentes) necessárias para o efeito».
O estudo do Governo socialista que conduziu ao plano de encerramento das urgências não considerou, segundo os social-democratas «o período de espera para atendimento médico nem tão-pouco indica como se coordenará a relação entre hospitais, designadamente, no que concerne a transferências de pacientes entre si».
Os social-democratas referem o caso do anunciado o encerramento do Serviço de Urgência Pediátrica do Hospital Francisco Zagalo, em Ovar e do Hospital de Oliveira de Azeméis, «o que obrigará que todas as crianças dessas localidades se desloquem ao Hospital de Santa Maria da Feira, naturalmente, sobrecarregando esses serviços.»
A isto acresce, diz o PSD, «que apenas três Unidades de Saúde Familiar estão a funcionar em todo o Distrito de Aveiro».
Entretanto, o número de atendimentos diários no Hospital de Aveiro «está a aumentar com os consequentes problemas, a que acresce um elevado e inaceitável clima de conflitualidade interna».
As diferentes situações provocam uma série de consequências como a « diminuição clara de serviços na área da saúde, falta de alternativas, a não equação de elementos determinantes, o que revela falta de
Rigor, a falta de informação (ex. quem paga transportes) reveladora de
pouca consideração pelas populações e autarcas e a perca de qualidade de vida no Distrito de Aveiro na área da Saúde».
