Quinta-feira, 12 Dezembro 2024
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Prevenção do cancro sem relógio solar

O”relógio solar” que indica as melhores horas para estar ao sol ainda não chegou à praia de S. Jacinto (Aveiro) por dificuldades de logística por parte da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC) que, juntamente com a Câmara de Aveiro, está a promover uma campanha de sensibilização para a necessidade de protecção do sol através de material de divulgação e promoção de medidas de medidas de protecção, a fim de minimizar o risco de cancro da pele, noticia o JN.

«Segundo o JN apurou, espera-se que, na próxima terça-feira, o “relógio de sol” já esteja presente no areal de S. Jacinto, para com as cores verde, amarelo e vermelho indique as horas mais ou menos adequadas para as pessoas se exporem ao sol.

A campanha “Verão sem escaldão, sol com moderação, sombra amiga da protecção”, que teve início na passada terça-feira, decorreu, ontem, e vai ter lugar ainda na próxima terça-feira e no dia 28, prolongando-se até 1,4, 8 e 11 de Agosto, entre as 9.30 e as 16.30 horas.

“Achamos muito interessante estas campanhas”, confessaram, ao JN, José Moreira e mulher Ana Ferreira, que, frequentadores das praias mais a norte (Francelos e Esmoriz), deram, ontem à tarde, uma saltada até S. Jacinto, praia que, apesar do bom tempo, não tinha muitos veraneantes.

O casal foi “apanhado” no inquérito da APCC e, depois de confessarem que já apanharam um escaldão à 20 anos, ficaram a saber que o protector solar que habitualmente usam não é o mais apropriado. “Neste horário (princípio de tarde), o mais adequado é o do factor de 30 para cima”, ouviram dos inquiridores.

Quem não põe mesmo nenhum protector no corpo é o estudante Ricardo Cabada, de 16 anos, que, morando em S. Jacinto, não tem que andar muito para ir à praia. “Não ponho porque é uma perda de tempo, mas no mês passado apanhei um escaldão e andei três ou quatro dias a assar”, confessou, ao JN, considerando, no entanto que acha interessante a realização das campanhas de sensibilização.

Mais cautelosa parece ser Joana Sofia, de 14 anos, estudante . “Às vezes ponho protector, ando de boné e uso óculos de sol. Mas, normalmente, não ponho nada. Penso que não preciso. “Sou morena”, confessou entre um sorriso.

A campanha de sensibilização inclui ainda a distribuição de livros didácticos para crianças e folhetos informativos dirigidos à população em geral, sobre os cuidados a ter na praia, na piscina e no jardim, para além de um folheto de alerta para os sinais que aparecem na pele e que se podem ter modificado.

Segundo Osvaldo Correia, da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, estima-se que, no nosso país, surjam anualmente cerca de 10 mil novos casos de cancro da pele, 90% dos quais terão a ver com a inadequada exposição solar ao longo do dia.”Só havendo alteração de comportamentos pode ser invertido este panorama”» (JN)

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