O presidente do Conselho de Administração do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), Eduardo Martins, afirmou, ontem, na Figueira da Foz que “está fora de questão” que a administração do porto figueirense passe para alçada de Aveiro, noticia o JN..
«De acordo com aquele responsável, a jurisdição de Aveiro no porto local “não é exequível”.
“Essa questão foi, de facto, falada e pontualmente ter-se-á reflectido sobre a passagem da administração do porto da Figueira para Aveiro mas não em termos de decisão. Temos indicações da tutela de que o IPTM vai continuar aqui com mais ou menos responsabilidades”, disse, aos jornalistas, Eduardo Martins, à margem de uma reunião com responsáveis do IPTM e da autarquia local.
Os operadores portuários locais foram os principais contestatários contra a jurisdição de Aveiro no porto figueirense, mal souberam que a integração estaria a ser preparada pelo Governo. Ao JN asseguraram que a proposta, caso fosse consumada, será “catastrófica” para o desenvolvimento do concelho e da região. Agora, Eduardo Martins sossegou o sector. “Não foi criada mais nenhuma organização para assumir a administração dos portos. O cenário da gestão portuária da Figueira na dependência da administração de Aveiro é um cenário que não se enquadra na realidade que temos hoje nos portos portugueses, logo não é exequível”, afirmou o presidente do IPTM.
Duarte Silva (PSD), presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, reagiu à “boa notícia”. “É uma mais valia para a cidade e para o seu desenvolvimento manter esse porto com condições atractivas. Quanto à questão da gestão, se o porto é na Figueira então é cá que deve ser gerido e não em Aveiro”, disse o autarca.
Paulo Mariano, da Operfoz, empresa responsável por 80% do movimento de carga no porto figueirense, revelou-se satisfeito com decisão. “Ficamos sossegados com a novidade, que vem ao encontro dos desejos e pretensões dos operadores locais. Esta garantia dá ao sector esperança para continuar a trabalhar no desenvolvimento do porto da Figueira que, este ano, deverá superar o milhão de toneladas de carga movimentada”, afirmou, ao “Jornal de Notícia”.