O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) diz em comunicado que as escolas de Aveiro têm sofrido pressões no sentido de cumprir o dia oficial para o regresso às aulas. “Apesar das pressões que têm sofrido para o fazer, nomeadamente no distrito de Aveiro, em quase nenhuma as aulas se iniciam nesta semana”, refere o comunicado do sindicato
O sindicato não especifica ou quantifica as escolas sob pressão da tutela para que iniciem as aulas, mas adianta que a percentagem de escolas nas quais as aulas não irão começar esta semana no Centro do país “é inferior a 10 por cento” enquanto que as que abrem hoje, no dia oficial de abertura das aulas, são “menos de metade”.
Para o sindicato, o prazo de abertura de algumas das escolas deve ser dilatado. Segundo aquela estrutura sindical, diversos estabelecimentos “consideram não ter condições para arrancar antes do dia 27 de Setembro”.
Neste quadro, o SPRC diz que é “por única e exclusiva responsabilidade do Ministério da Educação, não se criaram as condições para que o ano lectivo se iniciasse, de facto, em 16 de Setembro”.
Para o sindicato, o problema reside na falta de professores. Concretamente, diz o sindicato, “a colocação de professores em 15 (ontem) ou 16 de Setembro (hoje) – ficando aí definida, finalmente, a situação de mais de 50 000 docentes – como agora se anuncia, não permitirá às escolas o início das aulas no dia seguinte, sendo esse o problema que mais contribui para o atraso existente”.
O Sindicato pretende perguntar ao secretário de Estado da Educação, Diogo Feyo, a argumentação que suportou a decisão da mudança da Secretaria de Estado da Educação de Lisboa para Aveiro.
Pretende fazer esta pergunta numa audiência, a solicitar ao secretário de Estado, no sentido de encontrar uma explicação aceitável para a sua instalação em Aveiro. Admite-se que o próprio saiba explicar o que, efectivamente, o traz por cá”, diz um comunicado do sindicato que diz “não compreender a dimensão absoluta desta medida dita descentralizadora”.
Aquela estrutura espera a mudança para Aveiro se enquadre no sentido de que «a descentralização deve ser factor de desenvolvimento das regiões (…) deverá significar mais vantagens para as escolas e para a Educação de uma determinada região, neste caso a região Centro».
Mas, antes da audiência o sindicato tem uma opinião formada sobre o assunto, antecipando que a mudança é uma “despesa acrescida para todos os contribuintes» além de já antecipar que «não faz qualquer sentido criar novas estruturas numa região que já tem de suportar uma Direcção Regional que sai cara e funciona muito mal”.
Para o coordenador Mário Nogueira, “Se tudo isto é apenas para os ofícios serem assinados aqui na região e não em Lisboa, então é demasiado caro”.