Numa carta aberta do PCP dirigida ao presidente da Câmara de Ílhavo, o social-democrata Fernando Caçoilo, o partido escreve que “não se resigna com atitudes anti-democráticas e discricionárias da autarquia de Ílhavo” pela “recusa da cedência das instalações do foyer do Centro Cultural de Ílhavo para realização de um debate e exibição de uma exposição sobre os 100 anos da Revolução de Outubro”.
O PCP ressalva na carta que “está disponível para que se encontre uma nova data, permitindo à Câmara de Ílhavo corrigir o erro que está em vias de cometer”.
A carta diz que “o que mais surpreende são os termos utilizados para a rejeição da cedência do referido espaço”, referindo-se à resposta dada ao pedido feito, “não se enquadram na planificação prevista” porque não contribuem para “valorizar o percurso histórico e valores identitários locais”.
O PCP refere ainda que a Câmara “actua na base do preconceito político-ideológico e gere a coisa pública como se fosse sua propriedade, desrespeitando os mais elementares princípios de convivência democrática entre forças políticas e sociais”.
Se recebe “eventos como palestras sobre fadiga, sessões de yoga e peças autobiográficas sobre autores nascidos em Moçambique” questiona a razão de “não acolher um debate sobre o que é indiscutivelmente um dos maiores acontecimentos do século XX – goste-se ou não dele – com impacto económico, político, social e cultural à escala planetária! “.