Terça-feira, 17 Setembro 2024
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Ora bem…

O país encontra-se ou não numa situação difícil? Como pode estar se, a começar por ministros e deputados, têm salários elevados, estatutos e beneficiando de condições particulares? Mas está. O que acontece é que há, de facto, grupos que não chegam a entrar em crise e se mantêm como se não existisse.

Portanto, a crise não é para todos. É para aqueles que têm um salário, baixo, de um emprego que conseguem manter. Será a maioria dos portugueses.

Também não é para aqueles que escrevem sobre a crise. Em Portugal serão umas dezenas entre jornalistas, políticos, especialistas e outros que escrevem e falam nos meios de maior audiências. Alguns desses tentam levantar a moral ou apontar os erros que estarão na origem de um país em crise profunda.

Começou por ser uma crise ecomómica depois revelou-se cultural, sobretudo, educacional, científico, empresarial, financeira e haverá mais tipos.

Uns dizem que é pior ainda quando se diz que isto está mau, o que intensifica o pessimismo e não contribui nada para melhorar a situação

E que situação é esta? Primeiro a falta de dinheiro e, consequentemente, a busca por dinheiro, sendo esta a principal actividade mental. Como o tempo é pouco, não resta muito para pensar noutras coisas.

As coisas estão mais caras e os ordenados não aumentam. Por isso as pessoas têm cada vez menos dinheiro.

Depois há ainda os que protestam pelas mudanças nas regras. Mas independentemente do governo que estiver no poder, seja do PS, PSD, PP, PCP, BE, Verdes ou outro, se isto assim não dá resultados positivos, tem de se experimentar até dar.

O pior é quando as mudanças implicam trabalhar mais, receber o mesmo ou perder benefícios. Isso normalmente dá em protestos. Para equilibrar este momento seria bom que as pessoas também conhecessem efeitos mais cedo e não terem de esperar tanto tempo até que os apoios às empresas e empresários produzam efeitos.

Sandro Cruz
5JAN2003

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