A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta diz em comunicado difundido esta segunda-feira que o Plano Diretor Municipal de Aveiro está «manco de mobilidade sustentável».
Falha, segundo a MUBi, integrar as linhas de orientação estratégica no domínio da mobilidade e acessibilidades constantes do relatório de fundamentação da sua revisão, assim como um vasto conjunto de recomendações de mobilidade sustentável do Instituto da Mobilidade e dos Transportes.
Outra falha que a associação aponta também, é na concretização das «indicações da Estratégia Nacional para a Mobilidade Activa Ciclável 2020-2030 de especificar a estratégia e opções de base municipais para o favorecimento dos modos activos e das redes de percursos cicláveis estruturantes do concelho e os seus parâmetros de referência.
A promessa do presidente da Câmara de colmatar as omissões, presentes na proposta de revisão em consulta pública, relativas à mobilidade activa, e em particular à mobilidade em bicicleta e à rede ciclável, e dar uma maior relevância na versão final do PDM às questões relacionadas com estas formas de mobilidade, veio a consubstanciar-se num mero parágrafo, de boas intenções, é certo, mas de carácter decorativo, no preâmbulo do Regulamento do PDM.
A MUBi critica a maioria PSD-CDS por «ser um instrumento adequado para definir a rede rodoviária existente e prevista, mas já não o é para definir as redes pedonal, ciclável e de transportes públicos».
A associação lembra que «para que Aveiro cumpra o objectivo nacional de até 2030 pelo menos 10% das deslocações nas cidades portuguesas serem feitas em bicicleta, no sentido de convergência com a quota modal média da bicicleta na Europa, ao longo de toda a próxima década, a cada ano perto de um milhar de aveirenses terão de trocar o carro pela bicicleta. Seria inaceitável Aveiro mostrar-se incapaz de alcançar este objectivo».