Sábado, 15 Março 2025
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Na habitação, já cheira a campanha

Notou-se o combate eleitoral autárquico na reunião da Assembleia Municipal de Aveiro desta quarta-feira uma vez que nas questões da agenda abordadas as posições são as já assumidas anteriormente pelas bancadas partidárias, sobressaindo, por isso, as declarações que constituem a luta política até às autárquicas.

Faltam cerca de oito meses para as eleições, o único candidato a presidente da Câmara é Alberto Souto, pelo PS, que já liderou a Câmara durante 8 anos, há 20 anos. Mesmo assim, a governação de Alberto Souto é criticada por Ribau Esteves e bancadas que o apoiam, principalmente, pelas dívidas a fornecedores que deixou.

Os pontos da agenda foram, como sempre, aprovados, garantida a votação favorável da maioria PSD-CDS-PPM. A pretexto de vários assuntos, o debate fez-se no capítulo da habitação, com o BE e o PCP a defenderem uma maior intervenção do Estado, por via da autarquia, na construção de casas.

A Câmara prefere a intervenção de privados na construção e Ribau Esteves compreende a preferência dos investidores em imóveis que permitem obter maior lucro no lugar de habitação social que atinge um rendimento de «apenas» 15 por cento, quando empreendimentos premium podem atingir os 50 por cento.
De resto quanto a habitação “a custos controlados”, como a que se encontram em construção em Aradas, de 320 habitações, não há outro desta dimensão em Portugal, segundo Ribau Esteves. «Onde há mais com 320 fogos?», perguntou, e não obteve resposta. A Câmara vive «no mundo real e ao lado dos fetiches da esquerda», disse.

João Moniz, do Bloco de Esquerda, apontou para as necessidades reais de habitação e António Salavessa, do PCP, votou contra por razões políticas e por discordar de práticas que «não respondem às necessidades» e são especulação de preços. Mas Ribau Esteves recordou a venda e demolição da sede do PCP, na Av. Lourenço Peixinho, na Vivenda Aleluia. No mesmo terreno, encontra-se em construção um novo prédio, um  empreendimentro promovido pelo PCP e Ribau Esteves questionou as frações que serão para o mercado de habitação social, mas isso não está previsto.
Sobre a Vivenda Aleluia, Ribau Esteves disse que com a passagem do tempo sente «menos saudades daquela “casinha”».

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