Sábado, 19 Abril 2025
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Museu expõe peças com 3 mil anos

Peças de bronze associadas a cerimónias e rituais de diferentes épocas da China antiga, algumas de datando de mil anos antes de Cristo, serão expostas a partir desta sexta-feira no Museu de Aveiro-Santa Joana.

São 24 peças dos tipos Gui, Gu, Jue, Ding, He, Xu, Yi, FangYi, Xu e BosHanLu. Peças usadas nas dinastias Shang (cerca de 1700 a 1050 a.C.), Zhou (1045-771 a.C.) e Han ((206 a.C. a 220). Ficarão expostas até 14 de Outubro tratando-se de uma mostra promovida pelo museu e pelo Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro (IC-UA).

Desta coleção de Paulo Sá Machado, que já passou por outros sítios do país, fazem parte os vasos Jue – da Dinastia Shang (cerca de 1700 a 1050 a.C.), em forma de U e suportados por três pés – são ” vasos rituais para vinhos que derivam de um protótipo Neolítico de terracota. Constituem os mais antigos recipientes de bronze destinados a oferendas”.

Segundo o comissário da exposição, Paulo Sá Machado, “cerca do ano 1000 a.C., surge uma novidade marcante. A forma exterior dos bronzes não se modifica e conserva-se a alta qualidade artesanal da execução, sendo possível encontrar-se ainda agora inscrições nos fundos e nas tampas. Trata-se quase sempre de uma homenagem feudal ou de uma elevação a um plano social superior. O dia e o mês são quase sempre indicados com exatidão. Também é nestas inscrições que pela primeira vez aparece o título de “Filho do Céu” aplicado ao soberano chinês”.

Entretanto, o Embaixador da China inaugura, na reitoria da Universidade de Aveiro na terça-feira, dia 25, a exposição “Uma Faixa, uma Rota”, que já esteve na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Esta é uma iniciativa da Embaixada da República Popular da China em Portugal e do IC-UA.

INFO UA – Uma Faixa, Uma Rota
A iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, originada a partir do legado da antiga Rota da Seda, dirige-se a países Asiáticos, Europeus e Africanos, e visa construir uma rede que interligue estes continentes. Mais de 100 países e organizações internacionais têm apoiado e participado, de forma dinâmica, nesta iniciativa. Baseando-se no princípio de crescimento mútuo através de diálogos e cooperações, a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” tem como objetivo impulsionar um desenvolvimento conjunto entre os países e regiões ao longo da rota, assim como promover a construção de uma comunidade de interesses e destinos partilhados. A iniciativa, avaliada em 900 mil milhões de dólares, contempla a construção de uma rede de portos, estradas, caminhos-de-ferro, oleodutos e gasodutos, centrais elétricas e outros projetos de desenvolvimento de infraestruturas entre as regiões, criando assim a zona económica mais extensa do mundo.

Portugal é o ponto de partida da antiga Rota Marítima da Seda na Europa. Atualmente, a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” tem proporcionado novas oportunidades para a cooperação pragmática entre a China e Portugal em vários domínios. Nesta nova era, as relações China-Portugal ganharão, certamente, um renovado vigor, de modo a permitir que os dois países venham a construir uma plataforma de “cooperações e benefícios mútuos, e de desenvolvimento e prosperidade comuns”.

A proposta de criação de uma nova faixa económica e de uma rota marítima, que reativem as antigas Rotas da Seda e liguem a Ásia à Europa e a África, foi apresentada pelo Presidente Chinês, Xi Jinping, num discurso no Cazaquistão, em setembro de 2013.

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