Terça-feira, 3 Dezembro 2024
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Modelo cobiçado por escolas internacionais

Desde Outubro de 2001 que a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda, um pólo da Universidade de Aveiro, dispõe de um modelo de ensino de aprendizagem baseado em projectos (para os cursos de Engenharia Electromecânica, Electrotécnica e Geográfica), diferente da maioria das escolas e universidades do país, e que começa a suscitar o interesse de outras instituições de Ensino, nacionais e internacionais, noticia o JN.

«Os responsáveis pela implementação deste modelo têm sido solicitados para workshops e conferências na Escola Superior Agrária de Coimbra, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo, o ISEP, o Instituto Politécnico de Bragança e dois institutos de tecnologia irlandeses (Tallaght Institut e o Dublin Institut of Technology).

Ao contrário dos modelos tradicionais de ensino, neste novo sistema a aprendizagem é centrada no aluno e não no professor e, para além disso, as disciplinas sequências deixam de ter a importância que tinham. Aqui, a estrutura do curso é baseada em módulos temáticos que englobam várias cadeiras e que, por isso, obrigam a um maior empenho por parte dos alunos, uma vez que são eles que vão descobrir a “solução” para o problema que lhes é proposto.

“Passámos a trabalhar por módulos temáticos, que contêm os grandes temas do curso. Cada módulo é constituído por um projecto com a duração de um semestre, que tem disciplinas associadas onde são trabalhadas os temas fundamentais para a realização do trabalho final”, explica José Manuel Oliveira, coordenador do projecto.

A diferença aqui reside no facto do problema, isto é, o tema do projecto ser apresentado aos alunos mesmo antes deles darem a matéria. “Isso obriga-os a estudarem mais, a procurarem por eles mesmos a solução. Uma das vantagens deste sistema é motivar os alunos para a aprendizagem”, acrescenta o mesmo responsável.

Para a elaboração dos projectos, que são apresentados e defendidos publicamente no final de cada semestre, os alunos contam sempre com a ajuda dos professores e orientador, que têm por função ajudar e não encontrar a solução para o problema. “Isso compete aos alunos “, refere José Manuel Oliveira.» (JN)

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