Quinta-feira, 5 Dezembro 2024
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Metro de superfície voltou à agenda política

Ciclicamente, a construção de uma linha de metro de superfície em Aveiro regressa à agenda política local. Na Assembleia Municipal de segunda-feira, o tema voltou a ser debatido a pretexto de uma moção apresentada pelo PCP destinada a garantir a requalificação da Linha do Vouga, noticia o Diário de Aveiro.

«O documento divulgado pelo vogal comunista António Regala mereceu a concordância de todas as bancadas da Assembleia Municipal e foi aprovado por unanimidade, estando a ser preparado o seu envio para o primeiro-ministro, presidente da República e áreas metropolitanas de Aveiro, Porto e Viseu.
A moção entregue na Assembleia Municipal de Aveiro segue-se a uma petição lançada pelo PCP com o objectivo de recolher quatro mil assinaturas a fim de garantir a discussão do tema na Assembleia da República.

Apesar de aprovado, o documento apresentado por António Regala foi alvo de reparos por parte dos restantes deputados municipais. Fernando Marques, do PSD, falou mesmo num «texto pelintra» e «sem força», que poderá estar «condenado ao caixote do lixo».
Manuel António Coimbra, do mesmo partido, foi o primeiro a referir-se ao projecto do metro de superfície, reclamado há vários anos em Aveiro. «Devíamos aproveitar a carreira da Linha do Vouga para lançar os primeiros troços do metro», salientou, apostando na ligação entre a cidade e o novo estádio municipal e os concelhos a norte.

Jorge Nascimento, do CDS, criticou o PCP por não acompanhar a proposta com «um estudo mais completo», advertindo, por outro lado, que a situação financeira da Câmara de Aveiro poderá inviabilizar a execução do projecto. O metro ficará na «eterna prateleira», vaticinou.

Também o socialista Carlos Candal se mostrou «céptico» face à iniciativa do PCP, lembrando que «tudo passa pela realização de estudos económicos».

Teresa Fidelis, da mesma bancada, aproveitou para criticar a política seguida nos últimos anos pelos sucessivos governos, acusados de promoverem uma «aposta desmesurada» no sector rodoviário e de descurarem as ligações ferroviárias.

Disse ainda que «não basta aprovar uma moção» para avançar com a dinamização da Linha do Vouga, advertindo ainda para a necessidade de elaborar um «plano de mobilidade entre as autarquias» atravessadas pela via.

Jorge Afonso, representante do Bloco de Esquerda, declarou apoio à moção mas recomendou que fossem envolvidos no processo outros municípios vizinhos.» (Diário de Aveiro)

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