O Mercado do Peixe irá reabrir com o restaurante no piso 2, dois quiosques no rés-do-chão, uma esplanada e uma «zona livre» após a aprovação celebração de um “Contrato de Concessão da Exploração», na noite da passada quarta-feira, pela Assembleia Municipal de Aveiro. Será uma nova fase daquele espaço, cuja opção apresentada na Assembleia pela Câmara, enquanto a concessão anterior se encontra ainda por resolver nos tribunais.
Segundo o presidente da Câmara, Ribau Esteves, o concessionário alega ter direito a uma indemnização pela cessação do contrato, mas a Câmara entende que não. Sobre o fim do contrato com o concessionário, a Câmara alega «conflitos com moradores, ilegalidades, concertos barulhentos até duas horas da manhã e até um ringue de boxe».
O novo contrato não é do agrado de Pires da Rosa, do PS. O processo é «o espelho do mandato», elogiando a reestruturação financeira conseguida da Câmara mas os «projetos são uma miséria». Concretamente, sobre o Mercado do Peixe, a Câmara «não tem capacidade, não consegue», dizendo que tratando-se de um «marco distintivo, um sítio incrível e decidiu fazer o mesmo que já foi feito».
Neste ponto, Ribau Esteves referiu-se, de outra forma, ao livro do candidato do PS, Alberto Souto, “101 Propostas”, dizendo tratar-se do “livro das divagações, que é quase bíblico, mas não tem nada para a praça do peixe».
Manuel Prior, do PSD, também se dirigiu a Pires da Rosa, lembrando-o que «desistindo de uma candidatura à Câmara nunca sabemos o que seria capaz de fazer».
António Salavessa, do PCP, disse que o processo é um caso de «má-sorte, parece uma maldição que caiu sobre Ribau Esteves, nasceu torto e talvez nunca se endireite»
João Moniz, do BE, notou que o contrato não se refere à responsabilidade social dos trabalhadores, um setor com «muita precariedade», sendo que no lugar da hotelaria, a Câmara poderia optar por «outros objetivos e não ser mais uma restauração entre tantos». Por isso concluiu que «falta visão e estratégia».