O candidato do PS à Câmara de Aveiro, Alberto Souto, interpôs uma providência cautelar para travar a demolição da casa que a CERCIAV usou, vizinha do Conservatório Calouste Gulbenkian, mas o Executivo camarário aprovou, esta quinta-feira, com os votos da maioria PSD-CDS-PPM, e também de um vereador do PS (sem a confiança política do partido), uma resolução fundamentada.
A Câmara liderada por Ribau Esteves, que não se recandidata ao cargo, nas autárquicas de 12 de outubro, usou a lei: «A lei prevê também que a entidade administrativa pode emitir uma resolução fundamentada, na qual invoque que a proibição de executar o ato é gravemente prejudicial para o interesse público».
Alberto Souto chegou a dizer que «a necessidade de uma sala para dança do Conservatório não implica a demolição de um dos últimos exemplares de casa tradicional portuguesa da escola Raul Lino». Mas, depois, soube que não se trata de uma sala, mas de «uma ala composta por três estúdios para a dança, com 120 m2 cada, duas salas para aulas de percussão, sala de apoio, dez estúdios para estudo, balneários, zonas técnica) reafirmo o que escrevi: é possível, com outro projecto, expandir o Conservatório para os terrenos circundantes e salvar a moradia, recebendo esta algumas valências daquele programa. Basta querer».
Ribau Esteves já disse que o terreno das imediações do Conservatório é insuficiente para a expansão do Conservatório.