Terça-feira, 3 Dezembro 2024
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Ir para a NASA? – «Irrecusável»

No mesmo edifício da NASA onde estão as equipas que trabalham nas missões a Marte, Plutão, Titã e outros planetas e luas do Sistema Solar, trabalha desde o início do ano David Carvalho, bi-licenciado e doutorado pela Universidade de Aveiro, onde estudou nos últimos 15 anos.

«Quando se recebe uma oferta de trabalho de uma instituição deste tipo, é praticamente irrecusável mesmo que, por momentos, se hesite devido à grande mudança que implica…», disse ao ua_on line

Segundo comunicado da UA, David Carvalho trabalho no «grupo de modelação do tempo/clima (NASA Global Modelling and Assimilation Office, GMAO), estudando a assimilação de dados medidos por satélites (radiâncias, temperatura, precipitação, vento, concentrações de CO2, ozono, aerossóis, etc.) em modelos de previsão do tempo» e investiga de futuras tecnologias de instrumentação meteorológica a bordo de satélites, tentando simular qual o impacto que estas tecnologias (muitas ainda numa fase embrionária) poderão ter na área da meteorologia e climatologia e obtendo uma estimativa do custo-benefício das várias tecnologias idealizadas».

Licencioado em Meteorologia e Oceanografia Física e em Engenharia do Ambiente, fez mestrado em Meteorologia e Oceanografia Física e doutoramento em Física, na UA onde trabalhou como investigador.

A eslovaca Slavka Carvalho Andrejkovicová, esposa de David Carvalho, também trabalha na NASA, no Planetary Environments Laboratory, no sub-grupo responsável pela análise dos dados instrumentais medidos pelo Sample Analysis at Mars (SAM), um conjunto de instrumentos a bordo do rover Curiosity, em Marte.

O seu trabalho assenta na «procura/criação e análise de minerais terrestres que mostrem características geoquímicas análogas aos minerais encontrados pelo SAM em Marte. O Curiosity envia resultados instrumentais, como difração de raios X e análise de gases evoluídos, e a equipa da NASA procura na Terra (ou sintetiza no laboratório) materiais que mostrem os mesmos resultados, para melhor compreender a composição dos materiais presentes em Marte».

Foi «várias vezes distinguida como jovem investigadora no seu país, esteve na UA a trabalhar no GeoBioTec, Departamento de Geociências (DGeo), entre 2009 e 2015, e após duas temporadas de intercâmbio de cientistas sob orientação de Fernando Rocha, professor do DGeo. No GeoBioTec dedicava-se ao desenvolvimento de novos materiais de construção para a conservação e reabilitação de património e edifícios históricos».

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