A Câmara de Aveiro divulgou este domingo o resultado da auditoria da Inspecção-Geral da Administração do Território aos loteamentos das Glicínias e Lidl, em Verdemilho, cujo resultado refere que “não resulta a existência de ilegalidades de actos de órgãos ou serviços desse Município que, pelo seu volume de gravidade, devam ser averiguadas no âmbito de uma sindicância”.
O pedido da auditoria foi feito pela Câmara à IGAT, “no seguimento das diversas notícias veiculadas na Comunicação Social, onde o Sr. Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Aveiro fazia referência à densidade de construção existente em Aradas, na zona do Centro Comercial Glicínias, lançando suspeições sobre a legalidade do loteamento em causa, bem como sobre a legalidade do loteamento do Lidl, em Verdemilho.”
A auditoria aos processos em causa “não encontrou razões para proceder a qualquer averiguação e reafirma a confiança na legalidade dos procedimentos seguidos na Câmara de Aveiro, dispensando-se de efectuar nova inspecção nos próximos anos”, diz o comunicado da Câmara, do Gabinete do Presidente Alberto Souto.
A Câmara recorda que os loteamentos em causa foram viabilizados em 1997 e o município foi objecto de uma inspecção em 1999. Segundo o comunicado do gabinete autárquico, citando a IGAT “não consta do Plano de Inspecções em vigor, nem se prevê a sua inclusão nos próximos anos, concluindo que não existem razões suficientes que motivem a intervenção da IGAT ao abrigo das atribuições e competência que lhe estão cometidas”.
Para a Câmara, é motivo para esperar que “o Sr. Presidente da CPC do PSD local (Comissão Política Concelhia de Aveiro) tenha a hombridade de pedir públicas desculpas. Quanto à suspeição e à insídia como forma de fazer política, cada aveirense saberá ajuízar sobre a ética de cada um e o modo de a exercer na vida pública”.
