O Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, prometeu para breve uma equipa de sapadores florestais para operar na serra do Bussaco, em coordenação com os municípios da Mealhada, Penacova e Mortágua.
Segundo o presidente da autarquia da Mealhada, Rui Marqueiro, “temos de ter uma atitude preventiva e jamais facilitar em matéria de segurança. A Mata Nacional do Bussaco tem um património de importância inestimável, com um valor incrível, que não pode ser descurado pela Administração Central. A Administração Local tem feito os possíveis e impossíveis para proteger esta floresta pública, mas sem a ajuda do Estado, que infelizmente tem faltado, a Câmara não tem possibilidades de materializar na prática todas a medidas necessárias”, disse.
“Acabou a orfandade do Bussaco relativamente à Administração Central. A partir de agora, iremos dar atenção muito especial a este espaço magnífico, com ações concretas, no terreno, de valorização de uma mata nacional que é muito especial e importante para o país”, disse o secretário de Estado.
A Fundação Mata do Bussaco vai passar a ser gerida por cinco entidades públicas sem fins lucrativos, anunciou ainda o Secretário de Estado na Mealhada que disse ter encontrado no Bussaco um modelo de trabalho que deve ser seguido para a implementação da reforma florestal nacional.
“Esta relação de cooperação que tem vindo a ser construída, através do Bussaco, entre os municípios da Mealhada, Mortágua e Penacova constitui aquilo que deve ser a matriz a implementar a nível nacional. Ou seja, passar das lógicas municipais para as intermunicipais, trabalhando a floresta com uma visão mais abrangente, como um todo nacional e não apenas municipal”, afirmou o secretário de Estado.
A presença do secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural no Bussaco serviu também para a assinatura de um protocolo, que visa permitir à Fundação apresentar uma candidatura a apoio à modernização e capacitação da administratração pública (SAMA).
O objetivo da Fundação Mata do Bussaco é, de acordo com António Gravato, “modernizar-se internamente, mediante a utilização de tecnologias de informação e comunicação que promovam a eficiência da organização, bem como a eficácia na disponibilização de serviços e bens públicos, que contribuam para a redução dos custos públicos de contexto.”