O Primeiro-Ministro, Santana Lopes e o Ministro das Actividades Económicas e do Trabalho, Álvaro Barreto, garantiram esta segunda-feira em Estarreja que o Governo está a seguir as políticas que permitirão, obter melhores condições de preços da energia para a indústria e formas de evitar a crise de abastecimento.
Álvaro Barreto disse que o Governo está determinado em negociar com Espanha para a rápida entrada em funcionamento do Mercado Ibérico da Electricidade (MIBEL) depois do Presidente do Conselho de Administração da QUMIGAL, João de Mello, ter dito que pelo facto de Portugal ser periférico “temos custos de inputs elevados, nomeadamente electricidade, pelo que urge o arranque do MIBEL ou será essencial promover medidas intercalares”.
Quanto ao abastecimento, Santana Lopes diz que “não há razões para temer pelo futuro”, colocando de parte o encerramento da refinaria da Petrogal em Leça da Palmeira, Matosinhos, que abastece o pólo químico de Estarreja.
Segundo o Primeiro-Ministro “qualquer que sejam as conclusões”, da Comissão constituída para analisar o assunto até Março, “vamos encontrar as melhores soluções sem descurar o equilíbrio entre a consolidação económica e os valores ambientais e de segurança”.
Com estas condições satisfeitas, José de Mello diz que poderão ser aproveitadas as “importantes oportunidades de novo investimento produtivo que gerará ainda mais exportações a partir de um pólo que já é hoje um exportador relevante”.
A zona industrial emprega 600 trabalhadores e gera um volume de negócios de 600 milhões de euros por ano o que, para Santana Lopes, serve para “mostrar este exemplo que mais pode contribuir para nos motivar no caminho certo da economia portuguesa”.
Para a Câmara de Estarreja, que centrou o discurso oficial no projecto do Eco Parque Empresarial, apresenta a estrutura como um “alavanca central na reindustrialização do Município e na complementação do pólo químico”.
Neste caso, José Eduardo Matos pediu o apoio do Estado ao investimento e atenção ao tratamento dos projectos candidatos a fundos comunitário. É que, segundo o autarca, “o Município tem investido sozinho e nestes pontos vitais que o Estado Português tem de ser inteligente e perceber que este espaço é reprodutivo amanhã, se apoiado hoje”, apelando a uma parceria governamental.
A candidatura do Eco-Parque a fundos comunitários está em apreciação na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro mas “os montantes disponíveis são sempre escassos para tantos candidatos…”, diz o presidente da Câmara.