O Plano Estratégico mereceu alguns reparos, provenientes do presidente da Câmara de Ílhavo e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Porto de Aveiro, noticia o Diário de Aveiro.
Ribau Esteves, líder da autarquia, realçou que se trata de um «excelente documento» mas apontou «omissões» e a «timidez» de objectivos. O plano é «excelente», disse o autarca, «no exercício de planeamento estratégico». «Num país onde se planeia pouco, este documento define as linhas claras de desenvolvimento do porto», acrescentou.
O líder camarário aponta, no entanto, defeitos ao programa. Num país que «é hoje tão ou mais centralista do que há 40 ou 50 anos», seria «fundamental» que o porto se assumisse como um «elemento importante no desenvolvimento estratégico regional».
Por outro lado, a Zona de Actividades Logísticas e Industriais da estrutura portuária deveria evoluir para uma Plataforma de Actividades Logísticas e Industriais, com o envolvimento dos municípios da região, salientou Ribau Esteves, que afirmou ainda que o porto deveria procurar distinguir-se dos restantes. «O porto deveria assumir factores diferenciadores para ter um maior espaço de afirmação», disse. A marina da Barra poderia contribuir para essa «diferenciação», exemplificou.
Para o presidente da Câmara, o Plano Estratégico enferma de «omissões» que são «objectivamente más», nomeadamente ao não eleger a pesca como uma actividade estratégica». O porto deveria, igualmente, empenhar-se na gestão da ria de Aveiro, criticou o social-democrata.
Fernando Gomes, do STPA, criticou o prazo para o qual o Plano Estratégico está pensado. «Dez anos é demasiado longo e pode atrasar ainda mais o nosso posicionamento no contexto dos portos nacionais e ibéricos», disse.
O documento deixa ainda um «quadro de incertezas», por exemplo no que diz respeito à reconfiguração da barra. (Diário de Aveiro)