O Encontro Nacional de Direcções Associativas (ENDA), reunido em Aveiro, deu um prazo de um mês ao novo Ministro do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, Pedro Lynce, para conceder uma audiência aos estudantes.
O ENDA pretende esclarecer os anunciados cortes no sector, o conceito de “monopólio de escola pública” e se o Estado pode ou não fazer um “esforço de financiamento”.
Do encontro resultou ainda um pedido de esclarecimento sobre as políticas de investimento e “controle rigoroso do desperdício em todo o sistema”, avaliação, acesso aos graus mais elevados de ensino, investigação e gratuitidade do ensino.
Estes assuntos encontram-se descritos numa carta aberta a dirigir a Pedro Lynce, da qual o ENDA espera uma resposta por escrito.
O documento que resultou do encontro que reuniu cerca de 210 participantes reprovou o modelo do “cheque-ensino”, proposto em campanha por Paulo Portas e a “penalização dos estudantes que reprovem de ano através da duplicação da propina a pagar anualmente”.
Para os participantes no encontro, o insucesso escolar deve-se a motivos de “vária ordem e revestem outras motivações” e não apenas a responsabilidade do estudante.
No documento com 35 páginas o ENDA aborda variadas questões entre as quais a qualidade do ensino, políticas de fundo, bolsas, alojamento, acção social e médica, formação ao longo da vida, emprego e competitividade, mobilidade estudantil, internacionalização do ensino superior, cultura e desporto.