Quatro encapuzados assaltaram anteontem uma loja de electrodomésticos em Lourosa, Santa Maria da Feira, tendo roubado dois ecrãs plasma e um LCD, noticia o Diário de Aveiro.
«Na fuga, ameaçaram todos quantos encontraram pelo caminho e embateram em oito carros que estavam parados num semáforo.
O proprietário e clientes da loja PSI-Decor viveram momentos de terror quando, cerca das 18.20 horas, três encapuzados, armados de caçadeira de canos serrados, entraram e os obrigaram a deitar no chão, enquanto roubavam das prateleiras os aparelhos avaliados em 6 mil euros.
«Susto é favor, porque não há descrição para a sensação de estar frente a uma arma», explicou o proprietário do estabelecimento. O estabelecimento tinha bastantes clientes, quando os criminosos entraram de arma na mão «a gritar para toda a gente se deitar». Em menos de um minuto, roubaram os dois ecrãs plasma, e um LCD, e correram para o Honda Accord cinzento que tinha sido furtado no Porto.
Antes de entrar no carro, supostamente conduzido por «uma mulher loira de olhos azuis», os três assaltantes apontaram a arma a todos quantos encontraram na rua e obrigaram-nos a entrar para uma sapataria vizinha.
Arrancaram a alta velocidade mas apanharam uma fila de carros parados num semáforo um pouco mais à frente. Com a porta do lado direito aberta, por causa do tamanho de um dos plasmas, fizeram uma ultrapassagem «rasante» e acabaram por se deter junto do penúltimo carro, porque um outro automóvel estava a entrar para a via e barrou-lhes a passagem. «Eles já vinham de trás aos gritos, quando chegaram à nossa beira, apontaram a arma ao meu marido e ordenaram-lhe: fujam», conta uma testemunha. O carro da frente desviou-se um pouco e os assaltantes, depois de embaterem nele e em outro automóvel, escaparam em direcção à EN1.
Num dos carros estava uma criança em estado de choque e a chorar. Os automobilistas saíam dos carros, em pânico, explica a mesma testemunha que pediu o anonimato. «Nunca pensei viver um momento assim, pensei que era só nos filmes», disse, mas logo acrescenta: «Graças a Deus que estou viva». (Diário de Aveiro)