A empresa municipal Estádio Municipal de Aveiro e o Beira-Mar envolveram-se esta quinta-feira numa guerra de comunicados com acusações mútuas sobre a gestão do novo estádio que recebeu o Euro’2004.
Num comunicado publicado esta quinta-feira no Diário de Aveiro, a EMA que gere o equipamento diz reagir, sem especificar, a “informações que têm vindo a ser veiculadas por pessoas do Beira-Mar à Imprensa sobre as relações do clube com a EMA”. Não especificando, a EMA estará a referir-se a uma entrevista de Alberto Roque ao Diário de Aveiro presidente-adjunto do Beira-Mar, na qual critica a estratégia da EMA para a utilização do estádio.
A EMA critica a atitude de “alguns indivíduos ligados ao clube que procuram sistematicamente criar situações de conflito e de pretensos diferendos com a EMA, instrumentalizando os adeptos para uma campanha que a EMA não criou nem deseja”.
O Beira-Mar reagiu ao comunicado da EMA e no site do clube diz que conteúdo do comunicado, na parte em que se refere a “alguns indivíduos”, considera uma referência “insultuosa e divisionista (…) ao não citar nomes, coloca em causa todos os dirigentes, funcionários e colaboradores do SC Beira-Mar”.
Se a EMA justifica a falta de dinheiro para pagar as prestações protocoladas com o Beira-Mar com a impossibilidade de utilização de bancadas, o site do clube responde que “os lugares de bancada protocolados com a EMA estiveram, estão e, pelos vistos, continuarão a estar à disposição desde a data em que o SC Beira-Mar foi autorizado a jogar no novo estádio”.
A Direcção do Beira-Mar acusa ainda a EMA de “total incapacidade da Empresa Municipal de Aveiro para os negociar já que, até ao momento, não chegou nenhuma proposta de novo sócio colectivo ou sócio cativo ao SC Beira-Mar, única forma de a EMA entender como ocupados esses lugares. Se a EMA não os pode utilizar é porque ainda não os vendeu”, conclui.
Acusa ainda de ter uma gestão que não rentabiliza um equipamento e defende que não deve ser “um brinquedo nas mãos de um qualquer administrador”.
Adianta ainda que “se a EMA tivesse uma gestão tão rigorosa quanto o SC Beira-Mar, certamente que não teria dificuldades em cumprir com os seus compromissos há muito protocolados”.