Raul Martins desafiou o presidente da Câmara a tomar duas atitudes mas Élio Maia não respondeu e levou vários assuntos para pensar melhor em casa e responder na quinta-feira, 4 de Maio.
Tal como outros assuntos, Élio Maia não respondeu e adiou para a próxima reunião as questões que lhe foram dirigidas esta sexta-feira, como aconteceu com o caso das declarações polémicas do presidente do Beira-Mar e sobre o seu vereador das Finanças, o sector mais crítico no mandato mas, por ironia, a área que a actual maioria mais critica da herança socialista.
Élio Maia acaba assim por responder apenas uma vez à oposição, em vez de duas. Transfere as questões do «período antes da ordem do dia», respondendo a apenas a algumas, para o ponto referente à «Comunicação do Presidente». Mas não houve reclamações quanto a isso.
Raul Martins tocou em dois pontos sensíveis, que se situam no seu núcleo duro do gabinete e da presidência mas Élio Maia defraudou as expectativas que subiram ao longo da sessão da Assembleia.
Sobre a pista de remo uma promessa também herdada do PS, Élio Maia não deixou para mais tarde. «Construir o que andamos a falar há 50 anos» embora não fosse mais concreto.
Sobre o Beira-Mar, cuja direcção se tem multiplicado em declarações sobre 800 mil euros que tem reclamado da autarquia, Raul Martins disse que queria ver mais do que a «bofetada de luva branca» de Élio Maia aos dirigentes do clube. O presidente «não pode ser insultado sem, imediatamente, responder».
E há ainda um «problema caricato que atinge» o presidente. O seu adjunto, Virgílio Nogueira, depois de despedido de director executivo da Filarmonia das Beiras, foi indemnizado e moveu um processo a favor da sua reintegração. Mais uma vez Raul Martins diz que Élio Maia deve «responder da forma como sabe responder».
Nada ouviu o socialista sobre estes assuntos assim como ficou sem comentários as referências feitas à empresa HM, cujo sócio gerente é «amigo e apoiante» de Élio Maia.
A Câmara e a HM Consultores formalizaram uma parceria na área da promoção turística. Raul Martins disse pouco, apenas perguntando: «será que havia mesmo necessidade?».