A Direcção do Sport Clube Beira Mar é acusada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal de descriminar, não pagando os salários a quatro trabalhadoras ao serviço da piscina do clube.
O sindicato “avançou já com uma providência cautelar, para garantir o salário a pelo menos uma trabalhadora, cuja a situação familiar não permite prescindir do seu salário”. Entretanto, a trabalhadora em questão “já recorreu a empréstimo bancário para fazer face as suas despesas correntes”.
Para o sindicato, esta é uma atitude que “confirma a sua decisão (da direcção) de discriminar trabalhadoras que procuram defender os seus direitos, designadamente recorrendo à via judicial”, diz uma nota do sindicato que denuncia ainda falta de aplicação do contrato colectivo de trabalho, recusa de diálogo da direcção e “ameaças de chantagem, em reuniões individuais, com as trabalhadoras envolvidas”.
Para o sindicato, a direcção teve uma atitude “vingativa” não pagando às funcionárias “que sabia terem processos a correr em tribunal, bem como à Dirigente Sindical”.
O comunicado recorda declarações do presidente Mano Nunes ao JN (15 Março de 2003: “vamos pagando à medida que temos dinheiro, naturalmente, privilegiamos as trabalhadoras que mais se esforçam. As que achamos que levantam mais problemas recebem mais tarde”.
Segundo a estrutura sindical, a Inspecção Geral do Trabalho levantou um auto de notícia e aplicou a respectiva coima nos dias imediatamente a seguir.
Recentemente, aponta ainda, a Direcção do Beira Mar suspendeu no dia passado dia 24 de Março a dirigente sindical, monitora de natação do clube e até à data ainda não justificou tal atitude.
