O presidente da Junta de Freguesia de Requeixo, Sesnando Alves dos Reis, defende que a solução definitiva para a erradicação dos jacintos de água da pateira de Fermentelos passa obrigatoriamente pela dragagem dos fundos, noticia o JN.
«”Limpar os jacintos sem dragar a pateira é chover no molhado. Não faz sentido nenhum. Vai gastar-se um dinheirão com máquinas que não precisavam de ser tão potentes e não vai resolver-se nada”, sustentou o autarca, à margem da “presidência aberta”, que a Câmara Municipal de Aveiro realizou, ontem, em Requeixo, considerando, pelo contrário, que “com a pateira dragada, colhiam-se facilmente os jacintos”.
Conhecedor da pateira como das suas próprias mãos, Sesnando Alves dos Reis acha que a ceifeira que a Câmara Municipal de Águeda decidiu adquirir para apanhar os jacintos pode dar uma ajuda mas “não resolverá o problema, na medida em que a máquina, para trabalhar, exige 50 centímetros de água.
“Os jacintos – diz o autarca – também se desenvolvem em zonas com um centímetro de água e na terra húmida”, onde, sublinha, “a ceifeira não pode operar”.
A solução apontada pelo presidente da Junta de Freguesia tem o apoio da Câmara de Aveiro (“a Câmara de Aveiro terá sempre em conta a opinião do presidente da Junta”, disse Élio Maia, à saída da reunião) e foi defendida, recentemente, em Águeda, durante um encontro de técnicos e autarcas, onde, segundo Sesnando Alves dos Reis, o Instituto Nacional da Água (INAG) ficou de realizar, até Julho ou Agosto, o levantamento topográfico dos fundos, com vista à elaboração de um projecto de intervenção.
Defendendo que “mais do que dinheiro para dragar a pateira, o que é preciso é vontade política”, o presidente da Junta de Requeixo quer acreditar que será possível iniciar uma intervenção em 2008. “A pateira é um património nacional e é uma pena que se deixe morrer”, sublinha.» (JN)