Sábado, 25 Janeiro 2025
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Directores demissionários reconduzidos no cargo

Praticamente todos os directores de serviço e unidades do Hospital do Infante D. Pedro (HIP), em Aveiro, que se encontravam demissionários desde o passado mês de Dezembro, irão ser reconduzidos no cargo, noticia o Público.

«Dos 22 responsáveis por unidades e serviços hospitalares que se demitiram em bloco, após o afastamento da anterior directora clínica do HIP, apenas o coordenador da Pediatria não irá manter-se em funções, devendo agora a administração da unidade de saúde de Aveiro encetar esforços para encontrar um novo director para este serviço. Parece, assim, estar resolvido o problema do clima de conflitualidade que, nos últimos dois meses, tomou conta daquele hospital.

Aquando da sua nomeação, a nova directora clínica do HIP, Lurdes Sá, em declarações ao PÚBLICO, mostrava-se esperançada em convencer os directores demissionários a manter-se em funções e dizia-se confiante num “esforço colectivo” para resolver os problemas do hospital. A sucessora de Maria de Fátima Oliveira – ex-directora clínica, que se demitiu do cargo em Dezembro passado -, parece ter conseguido levar adiante os seus intentos, uma vez que poderá, agora, contar com a grande maioria dos directores de serviço.
Uma das situações que estavam também pendentes dizia respeito à continuidade ou não do director do Serviço de Urgência, António Isidoro, cujo pedido de demissão havia precedido o afastamento da antiga directora clínica, acabando por ser recusado pela administração do HIP. Segundo o PÚBLICO apurou também, António Isidoro deverá manter-se no cargo, uma vez que o único director que não irá ser reconduzido é o coordenador do Serviço de Ortopedia.

Alcançado o acordo entre os clínicos que decidiram apresentar a sua demissão uma semana após o afastamento da antiga directora clínica, o funcionamento do hospital de Aveiro deverá estar prestes a alcançar de novo a estabilidade, colocando um ponto final numa série de episódios que motivaram vários protestos e manifestações de preocupação públicas, por parte de várias entidades.

A secção regional do Centro da Ordem dos Médicos foi o primeiro organismo a vir a terreiro denunciar aquilo que classificava como “disfunções” do HIP, tendo sido depois seguido pelo Sindicato dos Médicos da Zona Centro. Num comunicado à imprensa, a força sindical deu nota do “clima de conflitualidade” que era vivido naquela unidade hospitalar, uma expressão à qual recorreram também as comissões concelhias de Aveiro do PSD e do PCP, nas intervenções públicas que decidiram tomar na altura em que o episódio das demissões em bloco no HIP veio a público. A situação só terá ficado resolvida com a escolha e nomeação da nova directora clínica do hospital. Lurdes Sá iniciou funções no hospital de Aveiro no passado dia 2.

Lurdes Sá tinha dito que esperava convencer os directores demissionários a manter-se em funções.» (Público)

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