Sexta-feira, 13 Dezembro 2024
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Cortiça e calçado absorvem reprovados nos exames

A JCP da Feira diz em comunicado difundido esta quarta-feira, que «no Concelho Feirense, estes jovens estudantes, (os que reprovam nos exames nacionais), impedidos de continuar os seus estudos, são absorvidos pela indústria da cortiça e do calçado, sem qualquer formação especializada, com baixos vencimentos e em condições de precariedade laboral, pretensamente justificadas com as baixas qualificações».

Fazer um exame nacional é, segundo a JCP, «determinar uma parte substancial da nota dos alunos em 90 minutos ou duas horas, ignorar o trabalho desenvolvido por alunos e professores ao longo de um ano, quando não mais».

Um estudante reprovado no exame é um estudante «lançado no mercado de trabalho precocemente, como mão-de-obra barata, em condições de precariedade e sem condições de trabalho justas e dignas».

A JCP da Feira subscreve a posição daquela estrutura nacional do PCP considerando que «os exames e testes nacionais um grave obstáculo ao sistema de educação público, gratuito e de qualidade que o Abril de 74 trouxe aos jovens portugueses».

Para os jovens comunistas, «ao menosprezar a avaliação contínua, os exames colocam em causa a justiça do sistema de avaliação».

O comunicado refere-se a outras questões como «a privatização das escolas e/ou dos vários serviços que nelas funcionam (cantinas, bares, papelarias), o aumento dos custos do ensino e o numerus clausus, medidas que têm como objectivo a elitização do ensino, colocando em causa as mais importantes conquistas do 25 de Abril».

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