O presidente da Região de Turismo da Rota da Luz, Pedro Silva, conseguiu meia vitória ao introduzir a Ria de Aveiro e o turismo náutico como uma prioridade nacional no âmbito do Plano Estratégico Nacional para o Turismo, embora ainda em terceiro lugar, quando nem sequer constava do documento mas critica o facto de ser de Barcelona o consultor externo do Ministério do Ambiente, no âmbito do planeamento o que «dificulta a proximidade para debater as questões técnicas», noticia o Diário de Aveiro.
«Sendo um consultor espanhol «é muito mais difícil falar tecnicamente com eles», disse Pedro Silva ao Diário de Aveiro. Este á o «primeiro erro», diz. Um segundo «erro técnico de planeamento estratégico» é a definição da prioridade das regiões de turismo ser «onde já há investimento» quando, segundo Pedro Silva deveria ser aplicado nas zonas com potencial, como é o caso do turismo náutico, onde a Ria se insere. Pedro Silva aponta para uma conclusão recentemente apresentada pelo Instituto de Turismo de Portugal segundo a qual nas regiões com turismo náutico, as receitas são superiores às conseguidas pelo golfe.
Pedro silva aposta no turismo náutico. É, entre todas as formas de turismo, o que pode trazer maior dimensão para o desenvolvimento local», diz.
Pedro Silva diz que foi conseguido «inserir» a Ria de Aveiro e o turismo náutico da região Centro como uma prioridade nacional naquele plano. Diz que o «secretário de Estado foi sensível» à abordagem da região de turismo e alterou o posicionamento destes produtos. Mas, Pedro Silva espera «até final do ano», conseguir melhorar o posicionamento. Acima da Ria e do turismo náutico estão o turismo de passeios pela região e a gastronomia, como prioridades da tutela na oferta apresentada nos mercados internacionais.
Na prática, quer dizer que a agência de promoção da região Centro, dá maior destaque nos mercados externos e dirige mais investimentos para as duas primeiras prioridades e menos para a terceira.» (Diário de Aveiro)