A partir desta quarta-feira é aberta a consulta publica do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da construção da marina da Barra disponível em locais públicos durante 40 dias, designadamente nas autarquias.
O documento fica à apreciação pública, e podem ser apresentadas participações escritas. Numa fase posterior, serão apresentados os resultados da apreciação feita pela participação do público.
O EIA da marina apresenta os impactes positivos e impactes negativos. Os positivos são o desenvolvimento e criação de emprego e os negativos constituem uma intervenção destruidora do ecossistema.
No local da construção da marina e desenvolvimento do projecto imobiliário que lhe está associado, o espaço deixa de constituir uma zona onde predominam as aves, peixes entre outras espécies da ria, como bivalves, e das margens destruindo o ecossistema de uma forma irreversível. Contudo há medidas previstas para compensar os impactes.
O projecto sobre o qual se debruçou o EIA localiza-se na margem do Canal de Mira oposta ao Porto de Pesca, sensivelmente, ao longo da margem esquerda e em plena Ria, entre as antigas secas de bacalhau e a ponte da Barra.
O investimento da marina, 150 milhões de euros, apoiado pela Câmara de Ílhavo, é três vezes superior ao do Estádio do Euro’2004, em Aveiro, mas tem havido contestação pública contra o projecto por parte do movimento “Pelo Futuro da Barra” e outros sectores.
A política de desenvolvimento que a Câmara apoia, concessionado pela Administração do Porto de Aveiro, e o interesse da construção encontram-se neste projecto e num campo oposto aos que têm argumentado a oposição ao projecto da Barra com a defesa das condições ambientais da zona e da pressão urbanística, considerando os dois hotéis, 420 apartamentos e 130 moradias.
O movimento “Pelo futuro da Barra” já disse que admite apresentar queixa contra o Estado.
Numa série de declarações entre o presidente da Câmara de Ílhavo, Ribau Esteves e o então Ministro do Ambiente, Isaltino Morais, ficou a ideia de que o Governo reprova a dimensão imobiliária, embora o autarca ilhavense mantivesse que o Ministro estava equivocado quanto aos documentos em que se baseou
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