Quinta-feira, 12 Dezembro 2024
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Construção do novo quartel pode estar em risco

Um diferendo que pode vir a tornar-se numa autêntica «labareda» de paixões, encontros e desencontros tem vindo a crepitar entre a direcção dos bombeiros e a Câmara de Albergaria, que não foi convidada a participar nas comemorações do aniversário, noticia o Diário de Aveiro.

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Na sexta-feira foram votadas as contas do ano de 2005, no decorrer de uma Assembleia Geral onde foi mais uma vez abordada a construção do futuro quartel, que parece ter entrado num impasse, uma vez que, embora a Câmara de Albergaria-a-Velha tenha cedido o direito de superfície de uma área de 16 mil metros quadrados, na zona industrial, a autarquia admite receber as actuais instalações do quartel, que é propriedade dos bombeiros, suportando em contrapartida 30 por cento dos custos da construção do novo quartel.

No entanto, a direcção dos bombeiros, a que preside Elísio Apolinário Silva, não aceita desfazer-se das actuais instalações, o que está a entravar o processo. Para a direcção dos bombeiros, não é aceitável entregar um espaço privilegiado, situado no centro da vila, para receber algo que, segundo os responsáveis da corporação, «em bom rigor» não é sua propriedade.

A provar as divergências entre as partes, a autarquia não foi convidada para as comemorações do 81º aniversário. A recente aquisição, por parte da Câmara, da antiga garagem Vidal, contígua ao actual quartel, que os bombeiros pretendiam comprar para ali alojar alguns dos veículos da sua frota, foi o mais recente episódio que marcou o afastamento entre as instituições.

Segundo fonte dos bombeiros, «não estão criadas condições para ser endereçado convite à Câmara Municipal para se fazer representar das comemorações do 81º aniversário». A mesma fonte lembrou, todavia, que também não houve outros convidados, como o governador civil ou as juntas de freguesia.

O relatório de contas de 2005 foi aprovado por unanimidade e apresenta um saldo negativo final de 64.886 euros. As receitas atingiram 612.028 euros, enquanto as despesas ascenderam a 676.915 euros.

A diferença negativa surge justificada pelas verbas relacionadas com amortizações (229.194 euros), custos com pessoal (219.150 euros) e fornecimentos de serviços de terceiros (212.604 euros), onde a rubrica de custos de combustíveis assume particular relevância. As principais verbas das receitas são a prestação de serviços (303.261 euros) e subsídios à exploração (200.103 euros).» (Diário de Aveiro)

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