Quinta-feira, 2 Outubro 2025
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Começou(!) a campanha eleitoral, quer dizer … a oficial

Até esta segunda-feira, os candidatos estiveram em “pré-campanha” e, esta terça-feira, 30 de setembro, começou o período oficial de duas semanas de campanha eleitoral até às autárquicas de 12 de outubro. Mas tudo começou há mais de um ano quando os irmãos Souto deram sinais de interesse em serem candidatos à Câmara de Aveiro.

Em maio de 2024 Luís Souto (PSD) disse à rádio Terra Nova que não fechava a porta a uma candidatura à Câmara de Aveiro e, no mês seguinte, Alberto Souto (PS) criticou o projeto para a antiga Lota de Aveiro, com construção «a mais» e verde «a menos», um sinal que poderia também avançar.
Em termos formais e com decisão já tomada para avançar, Alberto foi o primeiro a anunciar a sua candidatura, em janeiro deste ano e, menos de um mês depois, seguiu-se o Luís.

O período oficial da campanha terminará na sexta-feira, 10 de outubro, um tempo para conhecer melhor candidatos, programas, listas, declarações, entrevistas, reações.
À Câmara de Aveiro concorrem nove listas de partidos e coligações de partidos. Concorrem a coligação PSD-CDS-PPM (Aliança com Aveiro), o PS, CDU (PCP-Os Verdes), BE, PAN, Chega, Nós Cidadãos, Livre e IL.

No caso dos irmãos, tem essa particularidade da relação familiar, embora o Polígrafo já tenha recordado que não é caso único uma vez que os irmãos Portas, Miguel e Paulo, concorreram em 2001 à Câmara de Lisboa. Mas nenhum do dois ganhou as eleições, mas sim Santana Lopes, pelo PSD.

Em Aveiro, o mais provável será um dos Soutos vencer e ser o próximo presidente da Câmara de Aveiro, sucedendo a Ribau Esteves (PSD) que não se recandidata ao cargo por ter atingido o limite legal de três mandato consecutivos à mesma autarquia. Um vencerá e governará com maioria ou em minoria. Se Alberto vencer, não fará acordos com o Chega. Desconhece-se se Luís também não os fará sendo que o assunto já foi considerado. Os últimos dias foram marcados por alguns factos e declarações, sendo aos candidatos mais envolvidos nas questões sob maior atenção os da Aliança, o PS, Chega e BE.

No fim de semana da pré-campanha, Luís Montenegro, presidente do PSD, esteve em Aveiro a apoiar a candidatura de Luís Souto, pela segunda vez. Também pela segunda vez a sua participação teve momentos críticos. Na primeira disse contar que a obra de ampliação do hospital de Aveiro se iniciasse este mês de outubro. Nesta altura nem há projeto e Ribau Esteves disse que a obra poderá começar em 2027. Na segunda, esteve em Aveiro na semana do anúncio do plano nacional para a habitação que recolheu muitas críticas. Entretanto, Ribau Esteves discordou da escolha de Luís Souto para candidato por Aveiro, imposta por Luís Montenegro, mas tem-se mantido por perto. Do candidato e de Luís Montenegro.

Se tiver projeção local o crescimento nacional do Chega, o partido deverá conseguir entrar no Executivo, também dado o provável desvio de votos do PSD ou CDS, devido a  Ribau Esteves não ser candidato, para o Chega e, provavelmente, para o PS ou a IL.

O adversário direto de Luís é Alberto e, nesta altura, a duas semanas das eleições, será difícil alguém ter a certeza de quem irá vencer as eleições. A única sondagem conhecida, da Metris, dá uma vitória ao PS, 36%, e 31% para a Aliança, enquanto o Chega consegue 19%. Mas é um empate técnico, entre a Aliança e o PS, uma vez que a margem de erro é de 4%. Quanto aos indecisos são ainda 30 por cento, cerca de um terço dois inquiridos.

Diogo Machado, cabeça de lista do Chega, é o que consegue ter mais visibilidade, além dos Soutos. Mais incisivo, com mais pormenores nas questões que aborda. Luís Souto diz que o PS e Chega cultivam uma «coligação negativa».

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