O vereador Capão Filipe, do CDS-PP, é um elemento central no processo de formação da lista de candidatos à Câmara de Aveiro, no caso de se repetir a coligação com o PSD, noticia o Diário de Aveiro.
«Caso dos dois partidos avançarem para a coligação, e se Capão Filipe for incluído na lista, será colocado num lugar abaixo do que se encontra neste momento devido à necessidade da aplicação da lei da paridade, que prevê a inclusão de um terço de mulheres nas listas de candidatos às eleições.
Considerando Élio Maia o número um, indicado pelo PSD, o segundo da lista também será social-democrata e, neste caso, Carlos Santos, que não prescindirá desta posição e do cargo de vice-presidente. O terceiro lugar será do CDS-PP mas terá de ser uma mulher; a seguir virá um do PSD e no quinto lugar poderá surgir Capão Filipe, situação que não
agradará ao actual vereador da Cultura.
A coligação pode optar por não cumprir a lei, mas será penalizada na subvenção estatal atribuída em função dos votos conseguidos que, no caso da aliança PSD/CDS-PP em Aveiro, pode ultrapassar os 100 mil euros, um contributo importante para financiar a campanha
eleitoral.
Mesmo depois de conhecido o candidato socialista José Costa, não é certo que os dois partidos avancem para a coligação. Os sinais da reunião da Assembleia Municipal da passada sexta-feira foram, no entanto, de aproximação. O PSD tem feito passar a ideia que
é o PP que necessita mais da coligação para se manter no poder mas a adição de votos é uma necessidade mútua.
Existe ainda uma outra vantagem para o PSD, no caso de vencer sozinho com o candidato Élio Maia. Em coligação teria na oposição apenas os partidos da esquerda e o CDS como parceiro. Mas, na realidade, há vários elementos da bancada do CDS-PP na Assembleia que têm colocado as políticas da coligação em causa, como são os casos de Miguel Fernandes, líder da concelhia do partido e António Granjeia». Diário de Aveiro – notícia não acessível on line