Na sequência do anúncio da greve dos trabalhadores do Serviço de Transportes Urbanos, afectos à Câmara de Aveiro, em protesto contra a criação da empresa municipal que passará a fazer a gestão do serviço, a autarquia responde “a opção por uma empresa pública de capitais inteiramente municipais é aquela que actualmente a lei permite e confere os instrumentos de gestão que melhor se adequam ao modelo, garantindo todos os direitos aos trabalhadores”.
O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, que decretou a paralisação, tem referido que os trabalhadores não participaram nas negociações mas segundo um comunicado conjunto da Câmara e Serviços Municipalizados, “em todas as fases da constituição da empresa, desde o estudo económico até à decisão, foram efectuadas reuniões de trabalho com os representantes dos trabalhadores para o esclarecimento da criação da empresa municipal, nomeadamente no que se refere à garantia da estabilidade contratual, ou seja, os trabalhadores mantêm todos os direitos inerentes ao lugar de origem”.
O comunicado diz ainda que “este projecto em prol dos utilizadores permite, com os trabalhadores, que são os melhores activos da empresa, e nunca contra eles, uma melhor racionalização de todos os meios”.
O mesmo comunicado esclarece ainda que se “trata de uma empresa com capital totalmente municipal e uma autonomia técnica, administrativa e jurídica”.
A opção pela empresa municipal justifica-se pela gestão comum, saneamento e transportes, “tem revelado dificuldades acrescidas no desenvolvimento de cada uma dessas valências”.
Sobre os transportes, “sendo o objectivo prestar um serviço de qualidade aos habitantes de todo o concelho, o mesmo está longe de ser alcançado” sendo que a solução encontrada é a criação da empresa municipal, através de uma “estrutura de gestão autónoma”.
O Concelho de Administração dos Serviços Municipalizados “estabeleceu uma estratégia mais abrangente do conceito de mobilidade e que inclua além dos transportes urbanos também a Transria, as Bugas e a gestão do estacionamento”.