Sexta-feira, 7 Fevereiro 2025
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Câmara procura raízes de Estarreja

A Câmara de Estarreja está a financiar uma campanha arqueológica a desenvolver na capela de Santo Amaro, em Beduído, a partir desta segunda-feira, 29 de Março, por uma equipa de 4 arqueólogos e um antropólogo, sob a coordenação científica de Carlos Brochado Almeida.

“A campanha arqueológica irá permitir uma investigação mais profunda do solo da Capela e do espaço circundante”, diz uma nota da Câmara.

A construção da capela deverá situar-se no séc. XVII. “Os achados arqueológicos encontrados, em 2002, no decorrer das obras de recuperação do edifício acentuaram a confusão sobre a origem, idade e história da Capela”.

Despertou interesse à Câmara a descoberta de uma lâmina de sílex “talhado e retocado, de muito requinte e pormenor que apresenta indícios de desgaste por uso”, segundo Catarina Rodrigues, da Comissão de Obras da Capela de Santo Amaro.

A lâmina de indústria lítica tem 10 cm de comprimento, da Idade do Cobre e terá cerca de 4 mil anos. Para Catarina Rodrigues, é “o mais antigo testemunho arqueológico encontrado” em Estarreja e sugere a existência de um povoamento do “período calcolítico, Idade do Cobre, numa área muito próxima ou mesmo sob a Capela”.

Segundo relato das últimas prospecções, “durante os trabalhos de remoção do piso da Capela com vista à colocação de um novo piso, foi ainda encontrado um antigo complexo de 16 sepulturas cuja data de construção não é conhecida. O tipo de técnica de construção corresponde às técnicas reconhecidas como usadas durante a Idade Média. Contudo, os enterramentos eram feitos sob e entre lajes de pedra. Ora, as sepulturas encontradas não apresentam qualquer tipo de tampa ou laje o que levanta interrogações”.

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