Para o Bloco de Esquerda de Aveiro, o presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, «sem qualquer justificação, retirou o caso (da demolição de parte do prédio da avenida) das mãos do seu Vereador e não tomou qualquer acção perante a ilegalidade, quando esta decisão ia ser votada já com todo o processo pronto».
É uma decisão «grave já que persiste na manutenção da ilegalidade e dá à sociedade o sinal de que em Aveiro a ilegalidade poderá compensar, neste caso concreto 1 milhões de euros. Élio Maia demonstrou de forma inadmissível que a Câmara Municipal de Aveiro é meiga e dócil perante a ilegalidade».
O Bloco de Esquerda recorda que o promotor imobiliário, «o proprietário do prédio na Avenida com dois pisos acima do legal, garantiu à comunicação social que tinha uma plataforma de entendimento com a autarquia aveirense para legalizar esses dois pisos. O promotor adiantou ainda que previa vender esses pisos a meio milhão de euros cada».
Sobre o vereador, está «enfraquecido no executivo e no pelouro de obras particulares depois de lhe ter sido retirada a confiança política neste caso». O BE considera ainda que Élio Maia «deve explicação aos aveirenses sobre a sua posição e que o Vereador Miguel Fernandes deve tomar as devidas consequências do sucedido».
Fazendo referência a outro caso, « anedótico, o vereador Miguel Fernandes e a sua forte posição em prol da videovigilância ficou isolada e ridicularizada pelas declarações da Vereadora Maria da Luz Nolasco, para quem o furto de material camarário nas ruas é um atitude cívica louvável».