Quinta-feira, 10 Outubro 2024
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Boa floresta evita desertificação

A Câmara Municipal de Águeda pretende diminuir, drasticamente, a desertificação das zonas serranas, através da implementação de um Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios que está a ser elaborado, noticia o JN.

«No entanto, António Farias, presidente da Junta de Agadão, disse, anteontem, em Belazaima do Chão, durante a apresentação do referido plano, que “a câmara está cheia de boas intenções, mas que não conseguirá evitar a demandada dos habitantes”.

À margem da apresentação do plano, António Farias referiu, ao JN, que Agadão perdeu 290 habitantes em 10 anos, tendo actualmente apenas 500.

“É impensável que uma casa da serra pague tanto de Imposto Municipal de Imóveis como aquelas que estão ao lado de Águeda. Assim como não podemos pagar as mesmas taxas de licenciamento como aqueles que pretendem construir em Águeda”, reforçou António Farias, sublinhando que “ninguém vai conseguir combater a desertificação das zonas de Agadão, Castanheira do Vouga e Préstimo nos próximos meses”.

Já Jorge Almeida, vice-presidente da Câmara de Águeda, garantiu que a floresta é uma aposta da câmara. Vamos trabalhar a sério nas aldeias serranas”, sublinhando que “os incêndios ocorridos no Verão do ano passado foram um grande ensinamento para todos nós, pois é necessário haver uma política florestal num município onde 66% da sua área é florestal”. O autarca anunciou ainda que foram aprovados dois programas de apoio à floresta que permitirão, a partir deste ano, a construção (13 quilómetros) e beneficiação (28 quilómetros) de caminhos florestais, pontos de água (quatro), faixas de continuidade e parques de lazer, assim como sinalização a indicar o risco de incêndio previsto para o dia. Contudo, reconheceu que o plano não é tudo, sublinhando que a base está no ordenamento florestal e na boa vontade das pessoas.

Célia Laranjeira, mestre em Recursos Florestais e Ambiente, advogou a definição de uma política de montanha que “irá promover um desenvolvimento sustentado, como combate à desertificação”. A mestre explicou que só a implementação de uma política integrada e equilibrada das áreas florestais poderá atrair o turismo às zonas serranas, sublinhando que a própria presença dos turistas iria dissuadir os próprios incendiários.» (JN)

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