A Comissão Coordenadora Distrital de Aveiro do Bloco de Esquerda anuncia em comunicado, difundido esta terça-feira, a apresentação, na reabertura dos trabalhos na Assembleia da República, de um requerimento ao Ministério do Ambiente questionando sobre a falta de informação, fiscalização e metodologia das análises de água, tendo por base a denúncia de descargas poluentes no mar das praias de Ovar e Espinho.
O Bloco de Esquerda fala em «descarga de efluentes não tratados para o mar, com origem na ETAR de Paramos» e «manifesta a sua estupefacção e preocupação perante o silêncio e indiferença dos autarcas locais e entidades responsáveis pela protecção e defesa do ambiente, perante as notícias recentemente vindas a público».
Acrescenta ainda o comunicado que «o mesmo silêncio se registou perante informação de níveis elevados de coliformes fecais na Ribeira do Mocho, em Espinho».
Segundo o Bloco de Esquerda, são milhares de veraneantes sem informação e que tomam banho no mar, em águas poluídas». Está em causa a saúde pública, diz o Bloco de Esquerda.
Quanto à administração da SIMRIA, apresentou análises à água que não confirma a poluição das águas.
Perguntas do requerimento a enviar
Quem são os responsáveis perante as lacunas de informação, particularmente aos utentes das praias?
Quem fiscaliza, e em que condições, as actividades da SIMRIA, empresa proprietária da ETAR de Paramos?
Qual a metodologia utilizada na realização das análises à qualidade da água?
Quais as respostas que o Ministério do Ambiente tem para a constante poluição dos recursos hídricos dos concelhos de Ovar e Espinho?
Quais as diligências tomadas para a detecção e punição dos prevaricadores que têm sistematicamente poluído os recursos que são de todos nós?
