A candidatura autárquica do Bloco de Esquerda apresentou esta quinta-feira «semelhanças entre as políticas de habitação do PSD/CDS e do PS» e exibiu na Fonte Nova moedas com os rostos dos dois candidatos, Alberto Souto e Luís Souto no «verso e reverso, sob o mote “As duas faces da mesma moeda, a moeda soutomiranda”, simbolizando que ambos representam o mesmo modelo político e económico: a entrega de terrenos públicos à especulação imobiliária».
O Cais da Fonte Nova «simboliza tudo o que foi feito de errado na política de habitação em Aveiro e como esse modelo é partilhado pelo PSD/CDS e pelo PS», disse João Moniz, candidato do Bloco de Esquerda à Câmara de Aveiro. comparando «o modelo do centrão, que privatiza o espaço e expulsa as pessoas), e o que defende «ao serviço de quem nele vive».
Alberto Souto criado um Plano de Pormenor «pensado para preparar o terreno para a especulação imobiliária» e «não foi prevista qualquer solução de habitação pública ou a custos controlados e resultado foi uma hipervalorização imobiliária que arrastou consigo o preço da habitação em todo o concelho».
Depois, a atual maioria, de Ribau Esteves (PSD-CDS-PPM) «agravou esse modelo, o que restava destes terrenos públicos foi vendido a preço de saldo, sempre com o apoio do PS». Um modelo que «empurrou os seus habitantes para fora. Agora um apartamento T3 no Cais da Fonte Nova vale quase 2 milhões de euros».
O BE defende que «nenhum terreno público volte a ser vendido e que o património municipal, edificado ou por edificar, seja colocado ao serviço da habitação acessível pública dirigida à classe média, duplicar o parque público, limitar as rendas e mobilizar o edificado subutilizado e devoluto».

