O Bloco de Esquerda e o movimento Juntos por Aveiro, criado pelo anterior presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, querem que se mantenha a decisão do Tribunal de Contas, que reprovou o plano para pagar dívidas do executivo do social-democrata Ribau Esteves. Ao contrário, perante o chumbo de um empréstimo de 72 milhões de euros para o saneamento financeiro, a maioria PSD/CDS apresentou recurso da decisão e espera obter o visto do tribunal.
Agora a Câmara espera a resposta ao recurso à reprovação do Plano de Ajustamento Municipal. Enquanto isso, o PS que não sabe se a Câmara irá conseguir ou não o visto, já diz que se falhar a maioria sofrerá uma «estrondosa derrota política», disse Marques Pereira na Assembleia Municipal desta sexta-feira.
O movimento Juntos por Aveiro, segundo Jorge Nascimento, entende que ao não conceder o visto, o TC está a «defender os aveirenses». Para o BE, o chumbo é uma oportunidade para «mudar o rumo», afirmou Rita Batista.
Enquanto espera a decisão do TC, a Câmara prepara medidas financeiras extraordinárias. Sobre as intervenções da oposição, o presidente da Câmara, Ribau Esteves, diz que está perante uma assembleia adversa. Dirigindo-se a Marques Pereira, do PS, criticou o socialista, agora «elemento do Governo» (é adjunto da secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa) por ter «dupla função».