As obras no Baixo Vouga Lagunar vão continuar, agora suportadas com um financiamento de 25 milhões de euros de fundos europeus, que o Governo anunciou esta semana, um projeto sob gestão da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) dirigido à «preservação e a rentabilização dos potenciais económicos, ambientais e sociais» nesta área que abrange os municípios de Aveiro, Estarreja e Albergaria-a-Velha.
O projeto global implica 45 milhões de euros de investimento, integrando as três obras da Ponte Açude do Rio Novo do Príncipe, em curso; a reabilitação da Margem Esquerda do Rio Novo do Príncipe, em fase inicial e o Sistema de Defesa Primário do Baixo Vouga Lagunar, uma obra adjudicada.
Este Sistema serve para impedir o avanço da água salgado nos campos agrícola e cria um «sistema de drenagem e defesa contra as cheias de inverno, que garanta a recarga de água doce subterrânea no período de verão». Foi construído numa extensão de 4,1 km, e uma estrutura hidráulica mas a obra parou por razões ambientais e financeiras. Mas o Estudo de Impacte Ambiental refere que «a progressão da água salgada no interior dos campos foi identificada como “uma questão de maior gravidade”». A CIRA espera «parar a produção de sérios e graves impactos negativos, de ordem ambiental e económica, nomeadamente a perda do potencial agrícola dos terrenos por salinização e a perda dos valores ambientais em presença, bem como de ordem financeira, decorrentes, nomeadamente, da impossibilidade da execução de fundos europeus aprovados.
A obra adjudicada por 24.273.813,70 euros terá a duração de 24 meses, financiado pelo programa de Fundos Comunitários da Agricultura / FEADER) e pelo Fundo Ambiental, «assumindo a CIRA todos os encargos adicionais que surjam (trabalhos a mais, revisão de preços, fiscalização da obra)».