A Assembleia Municipal de Aveiro vota esta segunda-feira uma moção de protesto contra a intensão de retirada 245 hectares às freguesias de Cacia e Esgueira, por parte da freguesia de Angeja do concelho vizinho de Albergaria-a-Velha.
Na passada quinta-feira foi votada a constituição de um grupo de redacção da moção, liderado por Manuel Coimbra, do PSD,.
A 3 de Abril último a autarquia respondeu ao Instituto Geográfico Português travando a demarcação «provisória», resultante de uma iniciativa da freguesia de Angeja, evitando que passe a «definitiva» e esta quinta-feira, a Câmara deslocou-se à Torre do Tombo para obter mais documentação e fundamentação para continuar o processo.
No final da reunião da Assembleia Municipal, o presidente da Câmara, Élio Maia, disse aos jornalistas disse que se trata de «defender o território de Aveiro com todos os meios ao dispôr».
O início deste processo data de 2002 e a nova Câmara diz que está a «assumir uma firme posição em contraste com a omissão que no passado se registou», diz Élio Maia na «Comunicação do Presidente» à Assembleia. Aos jornalistas disse que essas omissões se traduziram na «não presença (da Câmara socialista anterior) em reuniões».
O socialista Carlos Candal considerou tratar-se de um «problema político, grave e complicado» e disse merecer ser «repudiado» Rocha Almeida, do PSD e Jorge Nascimento, do PP, criticaram o Executivo anterior por não ter levado o assunto à Assembleia e António Granjeia defendeu um «contra ataque rápido». Arsélio Martins, do Bloco de Esquerda, disse que não deve haver «alterações onde não deve haver alterações».
Na defesa do executivo de Alberto Souto, Pires da Rosa, criticou o facto da actual maioria ter feito «passar a ideia de omissão».