O PS marcou a última reunião do mandato da Assembleia Municipal de Aveiro revelando a existência de uma reclamação pendente contra a denúncia do contrato, aprovada pela Câmara, respeitante à recolha de lixos pela SUMA.
A empresa SUMA – Serviços Urbanos e Meio Ambiente, SA reclama a denúncia do contrato pela Câmara mas a autarquia avança para o fim do contrato de 2,3 milhões de euros e perpectiva, a partir de Fevereiro do próximo ano, uma renda de 1,6 milhões de euros.
A abertura de um novo concurso público internacional foi votada esta sexta-feira à noite pela Assembleia Municipal, aprovada pela maioria PSD-CDS com os votos contra do PS, BE e PCP. O socialista Filipe Neto Brandão fez uma declaração de «voto vencido». Ainda tentou a retirada deste ponto da ordem de trabalhos da Assembleia, mas não o conseguiu, mas ainda se referiu a uma questão que «suscita a maior das perplexidades» e considera que «a denúncia do contrato é ineficaz», feita de forma «incorrecta», disse.
A intervenção do socialista causou «muita estranheza» a Ribau Esteves e disse que não podia ser «muito pormenorizado», falou em «pressões violentas» e até acredita que a Câmara vai ter uma «disputa judicial» apesar de ter a «melhor relação de mundo com a empresa e a melhor relação pessoal do mundo ao mais alto nível» da SUMA.
O presidente da Câmara convidou a bancada do PS para uma «reunião de urgência» para dar explicações. «Há coisas que não posso dizer em público», disse. Mas Filipe Neto Brandão disse que o assunto teria de ser retirado da ordem de trabalhos para reunir com Ribau Esteves e só depois decidir o seu voto. Mas Ribau Esteves considerou isso desnecessário.
O presidente enumerou uma série de passos na relação da Câmara com a empresa até uma tentativa da SUMA de «fugir» à recepção de um ofício.
Ribau Esteves ainda disse que a denúncia do contrato e o plano de abertura de um novo concurso para aquele serviço tinha por fim a redução da tarifa dos resíduos aplicada aos munícipes, através da diminuição da fatura que a Câmara paga à SUMA.